JULIO ABRAMCZYK
O avanço da medicina nos últimos anos não só aumentou a sobrevivência do idoso mas também lhe proporciona saúde com boa qualidade de vida. Da mesma forma, remédios como o Viagra e outros com a mesma ação vêm tornando o idoso sexualmente mais ativo.
Mas ficam em segundo plano campanhas de esclarecimento e prevenção da Aids. Na revista "Diagnóstico e Tratamento", da APM, Murilo Rezende Melo e colaboradores da Santa Casa e do SAE Laboratório Médico analisam o problema da transmissão do HIV entre idosos.
As mulheres acima dos 50 anos, na fase pós-menopausa e sem risco de engravidar, acreditam que não precisam de proteção e não insistem com o parceiro no uso do preservativo, explicam os autores. E o uso da camisinha pelos homens mais velhos enfrenta forte preconceito.
Profissionais da saúde raramente se preocupam com as doenças sexualmente transmissíveis nessa faixa etária, e idosos acabam fazendo os testes para HIV quando já apresentam evidências clínicas de Aids.
Quadros demenciais de início recente, confundidos com doença de Alzheimer pelo fator idade, podem já ser a manifestação clínica de Aids. Levantamento realizado no Brasil indicou que em 1.147 portadores da doença com mais de 50 anos, 49,9% (572) adquiriram Aids por atividade heterossexual.


PRÊMIO JABUTI

Livros médicos são premiados

O Prêmio Jabuti para obras de Ciências Naturais e Saúde deste ano foi dado aos livros "Dependência de Drogas", de Sergio Seibel e Alfredo Toscano Jr.; e "Doenças do Fígado e Vias Biliares", de Luís Carlos C. Gayotto e Venancio A. Ferreira Alves.

DESMAIOS

Hospitais erram diagnóstico

Há um elevado percentual de pacientes com síncope arritmogênica (desmaio por arritmia cardíaca) tratados inicialmente como epilépticos, alertam Ivan G. Maia e colaboradores do Hospital Pró-Cardíaco, do Rio. Os autores relataram em congresso médico pesquisa sobre crianças com inadvertido diagnóstico de epilepsia que apresentavam síncope por taquiarritmias ventriculares graves (batimento irregular do coração levando ao desmaio).

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