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Movimentos se reúnem para decidir novas ações
DA REPORTAGEM LOCAL
Os movimentos de sem-teto
responsáveis pelas séries de ocupações que vêm ocorrendo no
país irão se reunir, a partir de
amanhã, no Rio de Janeiro, para
discutir novas manifestações.
O encontro será organizado pela UNMP (União Nacional por
Moradia Popular), no centro de
formação da diocese de Nova
Iguaçu (RJ), até o dia 25.
"Vamos fazer uma avaliação
nacional das ações [promovidas]
até agora e decidir novos protestos. Tudo em conjunto, para cada
Estado não agir isoladamente",
afirma Maria das Graças Xavier,
presidente da CMP (Central de
Movimentos Populares), que atua
em 17 Estados.
Antes mesmo do encontro, porém, as entidades já têm duas
ações agendadas, ambas em Brasília: a realização de um protesto
no dia 12 de maio e de uma caravana entre os dias 2 e 3 de junho.
Segundo Xavier, a expectativa é
reunir pelo menos 5.000 pessoas
em Brasília. De São Paulo, segundo ela, deverão sair 20 ônibus.
As principais reivindicações das
entidades ao governo federal se
referem à criação de um fundo e
de um conselho nacional de moradia. Há ainda uma pressão para
que cada Estado crie seu próprio
fundo e conselho de habitação.
Na madrugada de segunda, a
UNMP e a CMP promoveram sete tentativas de invasão em São
Paulo, aliadas à Conam (Confederação Nacional das Associações
de Moradores) e à MNLM (Movimento Nacional de Luta por Moradia). Os prédios da CDHU
(Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), do Estado, foram os principais alvos.
Até a noite de ontem, manifestantes continuavam acampados
no Jardim São Luís (zona sul). Em
reunião durante a tarde, decidiram continuar no local até que sejam recebidos por representantes
da Secretaria da Habitação e não
descartaram possíveis novas invasões nos próximos dias.
As quatro entidades envolvidas
se dizem apartidárias, mas são ligadas à CUT (Central Única dos
Trabalhadores) e têm apoio de setores da Igreja Católica.
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