São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2010

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Para professor, ideia de lucro fácil motiva denúncia

JAMES CIMINO
DA REPORTAGEM LOCAL

O professor de teologia da PUC-SP Francisco Borba Ribeiro Neto diz que uma grande parte das denúncias de casos de pedofilia na Igreja Católica, nos últimos anos, tem sido motivada pela perspectiva de lucro fácil e pela tentativa de desmoralização do papado de Bento 16.
Para ele, a ampla divulgação das indenizações milionárias pagas pela Justiça americana tornou a denúncia contra padres muito conveniente. "Há uma ilusão de lucro fácil e, ao mesmo tempo, o crime é difícil de ser averiguado."
Ribeiro Neto também pondera que há os que usam os casos de pedofilia para defender o fim do celibato. Para ele, essas denúncias de pedofilia na Igreja Católica nada têm a ver com o celibato ou com o homossexualismo. "Assim como um homossexual, por definição, não é um pedófilo, um celibatário, por definição, também não é. Há casos de pedofilia entre pastores protestantes casados, entre professores, entre heterossexuais e entre homossexuais."
Ele, porém, admite que a igreja acaba servindo de refúgio para aqueles que são homossexuais e não se assumem. "Há uma ilusão de que a igreja é um refúgio, onde poderá solucionar os seus conflitos, já que não terá que se definir sexualmente, pois os padres devem aceitar o celibato", afirmou.
Para o professor, a igreja precisa melhorar o critério de seleção dos padres, que, muitas vezes, "não estão psicologicamente preparados para exercer o sacerdócio".


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