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Sequestradores já perderam 5 kg
FABIO SCHIVARTCHE
da Reportagem Local
Oito dias após iniciarem a greve
de fome na Penitenciária do Estado, alguns dos sequestradores do
empresário Abílio Diniz já perderam cerca de 5 kg.
O chileno Sérgio Olivares Urtiba, 45, é o que mais perdeu peso:
5,4 kg. Na terça-feira passada,
quando foi feita a primeira medição, ele pesava 83,2 kg. Ontem,
77,8 kg.
Segundo o médico Paulo César
Sampaio, diretor de saúde do Sistema Penitenciário de São Paulo,
Urtiba sente fraqueza generalizada
e constantes tonturas.
O relatório feito ontem revela
que a chilena Maria Emília Marchi, 51, continua sendo a presa que
mais inspira cuidados da equipe
médica.
"Ela perdeu apenas 2,7 kg, mas
continua com vômitos (de água),
pequena febre (que pode ser indicativo de alguma infecção) e pressão alta", disse Sampaio.
O argentino Humberto Eduardo
Paz, 43, e o chileno Ulisses Galardo Azevedo, 44, foram alguns dos
que mais perderam peso.
Azevedo teve queda na frequência cardíaca e apresenta muito
cansaço. Ele já perdeu 4,8 kg, desde a semana passada. Paz tem tonturas esporádicas e queda de temperatura.
O sequestrador chileno Hector
Ramon Tapia, 34, que sente fortes
dores lombares, perdeu quase 1 kg
no último dia (já emagreceu 4,9
kg, no total).
A canadense Christine Lamont,
38, que ontem recebeu a visita da
irmã, apresentou melhoras e já
não sente tanto as dores lombares,
comuns nos primeiros dias. Ela
perdeu 3,9 kg.
Dores musculares
De um modo geral, o quadro clínico dos sequestradores não se alterou muito, desde a última medição, afirmou Sampaio.
A principal reclamação continua
sendo a dor muscular -semelhante a câimbra-, provocada
pela absorção de proteínas e glicose.
"É como se o organismo, debilitado pela falta de alimentação,
fosse buscar energia nos músculos
do corpo", explicou Sampaio.
Segundo o médico, as dores devem aumentar nos próximos dias.
A partir de hoje, a equipe médica
vai realizar exames diários de eletrocardiograma. Desde a semana
passada, já estão sendo feitos exames de sangue e de pressão, para
monitorar as condições clínicas
dos sequestradores.
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