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MORTE EM PERDIZES
Gil deve ser ouvido hoje pela Justiça
Defesa quer anular laudo que sugere presença de jovem na cena de crime
DA REPORTAGEM LOCAL
Advogados do universitário Gil
Rugai, 21, vão pedir a nulidade do
laudo do IC (Instituto de Criminalística) que sugere a presença
do jovem na cena do assassinato
do pai, Luiz Rugai, 40, e da mulher
dele, Alessandra, 33. Gil deve ser
ouvido hoje pela Justiça, que decretou segredo no processo.
O laudo indica que o formato do
pé direito do universitário é compatível com a marca deixada em
uma porta interna da casa de Rugai, em Perdizes (zona oeste de
SP). O documento diz ainda que
uma ressonância magnética identificou uma lesão na base de dois
dedos de Gil. A contusão também
seria compatível com o impacto
do chute dado na porta.
Segundo Fernando José da Costa, advogado de Gil, o laudo foi
feito após o começo do processo
judicial. "Nessa fase, as duas partes [defesa e acusação] têm de ser
consultadas para encaminhar
quesitos [pontos a esclarecer]."
Peritos do IC afirmam que o
laudo mostra "inequivocamente"
que Gil esteve no local do crime.
Para Costa, há falhas na metodologia. Ele diz que a lesão nos dedos não estaria vinculada ao crime, já que o exame de ressonância
foi realizado 38 dias depois da data do assassinato -28 de março.
O segredo no processo foi decretado pela juíza Silvia Maria
Facchina Martinez, do 5º Tribunal do Júri, a pedido da defesa. "A
polícia e o Ministério Público fornecem dados à imprensa antes
mesmo do conhecimento da defesa", disse Costa, que encaminhou
ontem uma petição à juíza afirmando não ter acesso aos autos.
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