São Paulo, sexta-feira, 21 de maio de 2004

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MORTE EM PERDIZES

Gil deve ser ouvido hoje pela Justiça

Defesa quer anular laudo que sugere presença de jovem na cena de crime

DA REPORTAGEM LOCAL

Advogados do universitário Gil Rugai, 21, vão pedir a nulidade do laudo do IC (Instituto de Criminalística) que sugere a presença do jovem na cena do assassinato do pai, Luiz Rugai, 40, e da mulher dele, Alessandra, 33. Gil deve ser ouvido hoje pela Justiça, que decretou segredo no processo.
O laudo indica que o formato do pé direito do universitário é compatível com a marca deixada em uma porta interna da casa de Rugai, em Perdizes (zona oeste de SP). O documento diz ainda que uma ressonância magnética identificou uma lesão na base de dois dedos de Gil. A contusão também seria compatível com o impacto do chute dado na porta.
Segundo Fernando José da Costa, advogado de Gil, o laudo foi feito após o começo do processo judicial. "Nessa fase, as duas partes [defesa e acusação] têm de ser consultadas para encaminhar quesitos [pontos a esclarecer]."
Peritos do IC afirmam que o laudo mostra "inequivocamente" que Gil esteve no local do crime. Para Costa, há falhas na metodologia. Ele diz que a lesão nos dedos não estaria vinculada ao crime, já que o exame de ressonância foi realizado 38 dias depois da data do assassinato -28 de março.
O segredo no processo foi decretado pela juíza Silvia Maria Facchina Martinez, do 5º Tribunal do Júri, a pedido da defesa. "A polícia e o Ministério Público fornecem dados à imprensa antes mesmo do conhecimento da defesa", disse Costa, que encaminhou ontem uma petição à juíza afirmando não ter acesso aos autos.


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