São Paulo, sábado, 21 de maio de 2011

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Carro é o principal alvo de ladrões dentro da Cidade Universitária

Um a cada cinco furtos de veículos registrados em DP no bairro do Butantã ocorre na USP

Polícia acredita que aluno da FEA morto na quarta-feira dentro do campus foi vítima de tentativa de assalto


JOSÉ BENEDITO DA SILVA
ANDRÉ CARAMANTE

DE SÃO PAULO

Em média, um furto ou roubo é registrado por dia no campus da USP na zona oeste de São Paulo, segundo a Guarda Universitária. Os chamados crimes contra o patrimônio somaram 62% das ocorrências de janeiro a abril: 138 de um total de 222.
Há estabilidade em relação a igual período do ano passado, quando houve 136 casos. Boa parte dos furtos (67) foi registrada como "furto qualificado", ou seja, o ladrão teve de vencer algum obstáculo (arrombar uma porta, armário ou gaveta etc).
Outro crime bastante comum é o furto de veículos, com 21 ocorrências -1/5 de todos casos desse tipo registrados pelo 91º DP, que cobre toda a região do Butantã, com 261 mil moradores.
A Cidade Universitária tem, entre alunos, professores e servidores, 113 mil pessoas, mas há uma grande população flutuante -que vai passear ou praticar esportes- que não é conhecida.
Essa falta de controle de acesso ao campus facilitaria a ocorrência de furto de veículos, segundo estudantes, assim como o fato de os estacionamentos serem abertos e terem iluminação precária.
Um dado da Guarda Universitária, no entanto, mostra que os alunos podem ter parte da culpa. Entre janeiro e abril, foram registradas 452 ocorrências de veículos deixados abertos no campus.
Entre os crimes violentos, o mais comum na USP foi roubo, com 18 casos até abril. Não houve homicídio, tentativas de homicídio ou estupro. Na quarta-feira, o estudante Felipe Ramos de Paiva, 24, foi morto com um tiro na cabeça dentro do campus, na FEA (Faculdade de Economia e Administração).
As polícias Civil e Militar detiveram para averiguação e já liberaram oito homens que, inicialmente, foram denunciados anonimamente sob suspeita de participação na morte do universitário.
As detenções começaram anteontem, após divulgação de imagens e do retrato falado de um dos dois suspeitos.


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