da Reportagem Local

A perda de poder aquisitivo da classe média é a principal explicação para o crescimento da inadimplência a níveis nunca vistos antes na rede privada de ensino, na opinião de dirigentes do setor.
"A escola se tornou muito cara em um contexto em que até a classe média alta enfrenta desemprego e perda de poder aquisitivo. A inadimplência existe da pré-escola à universidade", diz Arcury, delegado da Confenen em São Paulo.
Assim, as renegociações e até o escambo se tornaram estratégias para amenizar o problema.
Nas universidades e faculdades particulares de São Paulo, a inadimplência saltou de uma média histórica de 20% para 40% ao mês em 97, segundo o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo).
Existem no Estado cerca de 500 mil alunos matriculados em faculdades e universidades particulares -entre 75% e 80% dos alunos que fazem curso superior.
Para contornar o problema, o Semesp está estudando a criação de uma linha de financiamento de nível estadual para atender alunos carentes. "A idéia é substituir o crédito educativo, programa que está fechado por falta de recursos", diz Rubens Scardua, diretor-tesoureiro do sindicato.



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