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Defesa acha delegado arbitrário
da Sucursal do Rio
O advogado da construtora Sersan, Nilo Batista, afirmou, em nota enviada por fax, que o indiciamento do ex-deputado Sérgio Naya é "arbitrário e espetaculoso" e
"conflita com a prova técnica".
Além disso, segundo ele, o pedido de prisão de Naya, que tem residência certa e profissão definida,
"é o último recurso pirotécnico
do espetáculo que se encerra".
Batista afirmou que, desde o início, Naya "foi proclamado o principal suspeito do desabamento",
apesar de residir em Brasília e
"não ser certamente o engenheiro-residente da obra" nem o diretor técnico da Sersan.
Segundo ele, o laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli
demonstrou que só houve erros de
cálculo. "Cálculo este elaborado
sob encomenda da Sersan por um
prestigiado especialista."
"Quando uma investigação policial é conduzida como espetáculo, acaba por subordinar-se mais
aos truques da encenação do que
ao Código de Processo Penal",
afirmou.
O advogado do engenheiro Sérgio Murilo Domingues, Ivan Vasques, se disse "perplexo", pois o
indiciamento do seu cliente seria
"contra as provas dos autos".
Segundo ele, Domingues era
apenas um dos engenheiros da
Sersan e não teve participação nas
obras do Palace 2. Vasques disse
acreditar que o Ministério Público
não vai endossar a decisão do delegado Carlos Alberto Pinto.
O mestre-de-obras Almir Maia
Machado não foi encontrado.
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