da "Folha da Tarde"

O terceiro sargento Gildo Ribeiro de Oliveira da 4ª Companhia do 21º Batalhão atirou ontem, por volta das 14h, no adolescente Aureliano Jeronimo dos Santos, 16, com uma metralhadora. O tiro foi disparado em uma rua lateral de uma agência do Banco Itaú na avenida Mateo Bei, São Miguel (zona sudeste de SP).
Santos foi levado pelo próprio sargento para o Hospital Regional de São Mateus e encaminhado para o centro cirúrgico. O tiro acertou a região abdominal.
De acordo com o primo de Santos, Rodolfo dos Santos Alexandrino, 17, eles estavam juntos pedindo para olhar o carro de quem estacionava. Foi quando o sargento chegou com mais um PM.
"Eles falaram sairmos de lá. Eu e um outro cara fomos embora. O meu primo continuou lá. O policial perguntou se o Aureliano não tinha ouvido que era para ir embora. Meu primo respondeu que não", contou Alexandrino. Segundo ele, nessa hora, o sargento teria segurado o adolescente pelo braço e dado vários tapas no rosto. Depois, teria jogado Aureliano no chão e disparado vários tiros. Um deles acertou o adolescente na região do abdome.
Segundo o outro adolescente, o estudante Gefferson Eduardo Neves, 17, que estava com eles, Aureliano teria agarrado as pernas do sargento pedindo para que ele não o matasse.
O aspirante oficial Carlos Geraldes Monteiro, que estava no hospital, disse que o sargento não tinha condições de dar entrevista. Segundo ele, o sargento alegou que o disparo foi um acidente.
Outro PM, que não quis se identificar, afirmou que eles foram acionados pelo Copom (Centro Operações de Polícia Militar) porque havia na área três suspeitos. O caso foi registrado no 69º DP (Teotônio Vilela). (Adélia Chagas)


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