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BARBARA GANCIA
Colunista enfurece fãs de Guga
Até eu que sou mais parva
prefiro me identificar com o
Gustavo Kuerten a me identificar
com o ex-menino de rua que sequestrou o ônibus no Rio. Estou
falando da coluna que assinei
neste espaço na última sexta-feira, "Guga não é tudo isso".
Não vou entrar no mérito de
quão triste é o país que necessita
de heróis para responder aos órfãos de Ayrton Senna, que não
encontraram substituto à altura
em Ronaldinho ou Rubens Barrichello e acabaram encostando o
burro carregado de esperança na
sombra do Guga.
Já não me espanto mais com
aqueles termocéfalos que preferem ler o que convém àquilo que
está impresso no papel.
Se os "florianopolitanos" desejam considerar depreciativa a expressão "um ovo", usada para definir um lugar pequeno desde os
tempos em que o tênis era jogado
com a palma da mão, não tem a
menor importância.
Usei a expressão para explicar
os "seis graus de separação" entre
o pessoal de Floripa e o Guga,
mas, nas mensagens que recebi de
leitores que se sentiram ultrajados pela coluna, notei que a referência foi solenemente ignorada.
Vai ver que o erro foi meu, por
imaginar que os nativos de Florianópolis conhecessem o divertido jogo "seis graus de separação",
extraído da peça e do filme homônimos e que gerou um monte de
sites na Internet.
Que me desculpem os xiitas que
precisam preencher o vazio deixado por Senna, mas eu continuo
me reservando o direito de admirar o Guga apenas quando ele está dentro da quadra.
Posso apostar que o bicampeão
de Roland Garros será capaz de
chegar à final em Wimbledon.
Torço para que isso aconteça.
O que eu não posso é aplaudir
má-criação e achar graça em um
guri que trata mal mulher, como
todo bom surfista que se preze.
Não é virando a cara para o que
não queremos ver que a gente irá
recuperar a auto-estima perdida
naquele domingo tenebroso, no
stade de France.
Na semana passada estive na
festa "black tie" que levou mais de
3.000 pessoas ao Jockey para comemorar os 25 anos da revista
"Vogue". Quando me dirigia à
saída, cruzei a mulher de Fábio
Monteiro de Barros, o suposto dono da Incal, que está preso acusado pelo desvio do dinheiro da
construção do TRT.
Você, que paga seus impostos,
está sentado? Coberta de jóias, a
dita cuja foi cumprimentada efusivamente na porta por vários
membros da fina-flor paulistana.
QUALQUER NOTA
Ondas nocivas
Antonio Fagundes deveria
tentar restringir ao estritamente necessário as conversas naquele telefone via satélite todo incrementado que
está divulgando. Ou será que
o ator nunca ouviu falar nos
estudos ingleses, que levantam suspeitas de que o uso
frequente do telefone celular
pode causar câncer no cérebro?
O barquinho vai
Alô, Manoel Carlos! O que o
coitado do telespectador fez
de tão terrível para merecer
ouvir os mesmos acordes de
sempre de "bossa velha" durante os longos meses de duração de "Laços de Família"?
E-mail - barbara@uol.com.br
www.uol.com.br/barbaragancia/
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