São Paulo, terça-feira, 21 de junho de 2011

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Chefe de bombeiro nega estupro em boate

Responsável por empresa de segurança da Kiss and Fly diz que havia dois agentes em frente à porta do banheiro

Estudante acusa um bombeiro civil de tê-la estuprado na boate; funcionário afirma que relação foi consensual


DE SÃO PAULO

A gerente Karina Gomes, da empresa de segurança da boate Kiss and Fly, diz que a estudante que acusa bombeiro civil de tê-la estuprado no banheiro da casa estava "bem sóbria" quando teve relações sexuais com ele.
Luciano Ferreira, 32, que é casado e tem duas filhas, está preso desde a manhã de sábado sob a suspeita de ter mantido relações sexuais com uma estudante de 20 anos, aproveitando-se da total embriaguez dela.
Em razão da bebida, diz a polícia, ela não conseguia discernir o que estava fazendo e, por isso, era incapaz de se defender.
Ferreira confirma a relação, mas alega ter sido algo consensual e teria ocorrido por sugestão dela.
Karina disse que conversou com a estudante momentos depois do ato sexual, quando a PM foi acionada na madrugada de sábado, e ela "estava bem consciente do estava fazendo".
"Eu acredito na versão dele. Ele errou? Errou. Caiu na tentação, estava no horário de trabalho. Caiu no descuido, teve dois minutos [errados] na vida dele", disse.
Ainda segundo a gerente, em frente ao banheiro onde ocorreu a relação sexual, havia dois seguranças que não perceberam nada de errado e também não foram acionados pela vítima.
Karina disse que funcionários da casa vão prestar depoimento para demonstrar como ele sempre foi correto no trato com as clientes.

EXAMES
O delegado Paul Verduraz, titular do 15º DP (Itaim Bibi), disse que exames clínicos foram solicitados para comprovar a embriaguez da jovem.
"Nem se ela quisesse, ele não poderia ter feito isso. Além de antiético, estava trabalhando, ela é considerada vulnerável porque não sabia o que estava fazendo. É o mesmo que um enfermeiro, numa sala de cirurgia, manter relações com uma paciente sedada", disse o delegado.
O advogado de Ferreira, Maurício Januzzi, disse, na tarde de ontem, que ainda não havia tido contato com seu cliente e, por isso, não poderia dar detalhes da versão e de sua linha de defesa.


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