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VIOLÊNCIA
"Lei do silêncio' fez com que poucas informações fossem dadas até agora
Polícia pede pista anônima
para solucionar chacina
CRISPIM ALVES
da Reportagem Local
A lei do silêncio que existe entre
os moradores de Francisco Morato (Grande SP) e a precariedade de
pistas a respeito da chacina que
deixou 11 mortos na madrugada
da última quarta-feira levaram o
delegado Alfredo Antonio Grimaldi a fazer uma apelo: "Pedimos
para que as pessoas façam denúncias, mesmo que anônimas".
Grimaldi, titular da delegacia da
cidade, é o responsável pelas investigações da segunda maior chacina de toda a história do Estado.
"Se cada um der um detalhe, a
gente começa a montar a história,
a resolver o quebra-cabeça."
De acordo com ele, até o momento, a delegacia recebeu poucas
informações espontâneas da população.
O massacre do bar Ponto de Encontro está sendo investigado por
mais de 30 policiais civis. Isso sem
contar os chamados P2 (do serviço
reservado da Polícia Militar).
Em princípio, os trabalhos estão
centrados em duas linhas de investigação centrais: a de que o crime
tenha sido praticado por policiais
militares ou tenha sido consequência de uma guerra de quadrilhas por causa do tráfico de drogas, algo frequente na cidade.
Grimaldi não se arrisca a fazer
qualquer tipo de previsão sobre o
tempo que vai levar para concluir
o inquérito. "Pode levar meses."
Suspeito
A Polícia Civil de Francisco Morato já tem o nome de uma pessoa
suspeita de ter participado da chacina. A denúncia foi feita por meio
de um telefonema anônimo na
noite de anteontem.
Assim que receberam as informações, os investigadores começaram a levantar a ficha do suspeito. Trata-se de um traficante conhecido da região. Apesar de tratarem a denúncia com reservas, os
investigadores estão tentando encontrar o suspeito para interrogá-lo o mais rápido possível.
Amanhã, a polícia vai ouvir o irmão de Paulo Roberto de Oliveira,
que foi morto por uma das pessoas
assassinadas na chacina.
(CA)
DP de Francisco Morato: 438-2233 e 438-2642
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