São Paulo, domingo, 21 de julho de 2002

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80 famílias participam de pesquisa

DA REPORTAGEM LOCAL

Famílias de pacientes portadores de autismo atendidos no Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do Hospital das Clínicas da USP estão participando de uma pesquisa genética da universidade para identificação de genes associados à predisposição à doença.
Oitenta famílias já passaram por exames de análise cromossômica (para identificação de alterações em grandes porções do DNA) e testes para detectar mutações em um gene conhecido como FMR1, supostamente relacionado a 10% dos casos de autismo.
Segundo o Laboratório de Genética do Desenvolvimento Humano da USP, a presença de uma dessas anomalias pode aumentar em até dez vezes o risco de novos casos de autismo na família. Nas famílias analisadas, não foi encontrada nenhuma alteração cromossômica ou no gene FMR1.
O autismo está possivelmente relacionado a alterações em múltiplos genes -talvez mais de 15- de cromossomos diferentes. Nos EUA, na Inglaterra, na Itália e na França, há pesquisas avançadas para identificação desses genes.
Caio César dos Santos, 13, que está hoje na sétima série do ensino fundamental, tem Asperger, um dos tipos de autismo. Ele participa da pesquisa. Segundo sua mãe, Sandra Nagy, 40, o diagnóstico só foi feito há quatro anos, embora ela buscasse uma resposta desde que o menino tinha três anos. "Há muito despreparo", diz.
Interessados em participar da pesquisa devem telefonar para o laboratório no número 0/xx/11/3091-9910.



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