|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BICHO SAUDÁVEL
Análise revela contaminações antes mesmo que os sintomas apareçam; resultado pode sair em até 48 horas
DNA detecta doença em animais domésticos
RENATA BAPTISTA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A socióloga Sônia Moreti ficou
admirada em saber que o seu cachorro Gregory, um bichon frise
de 8 anos, seria submetido a um
exame de DNA para avaliar se estava contaminado por algum parasita transmitido por carrapatos.
Ela diz que os R$ 150 pagos pelo
exame não pesaram tanto, pois
ela tem seu cachorro como se fosse um filho. "Eu faria qualquer
coisa para curá-lo", disse.
Por meio de um hemograma,
também foi detectado um parasita no cão. O pai do Gregory morreu em decorrência de um parasita contraído por carrapatos.
Apesar de ter tomado antibióticos, Gregory não respondia ao
tratamento. Após uma troca de
veterinários, foi sugerido o exame
que utiliza a tecnologia PCR
(Polymerase Chain Reaction),
que em São Paulo, é feita pela Genoa Veterinária. Depois disso, foram administrados remédios específicos para o caso dele e o animal, agora, está sadio.
O diagnóstico pela tecnologia
PCR, que vem sendo utilizada em
animais domésticos no Brasil há
menos de um ano, baseia-se na
análise de traços do DNA. Por
meio da enzima polimerase, que
faz parte do DNA, é possível identificar agentes infecciosos de diversas doenças, como leptospirose, leishmaniose, entre outras.
O exame detecta contaminações antes mesmo de os sinais da
doença ou do aparecimento de
anticorpos. Podem ser detectados
23 patógenos em cães e oito em
gatos. Também é possível analisar
aves e animais silvestres.
O diagnóstico chega em 48 horas, enquanto que os resultados
de sorologias só são concluídos
em, no mínimo, dez dias.
"Já perdi pacientes aguardando
resultado de sorologia ou por ter
recebido um falso positivo", afirma a médica veterinária Thais de
Almeida, que trabalha em uma
clínica na Chácara Santo Antônio
(zona sul). Ela explica que tem pedido o PCR em vários pacientes,
pois os donos estão cada vez mais
exigentes, pedindo sempre um
diagnóstico fechado.
Segundo a veterinária Carla
Crespo, supervisora comercial da
Genoa Veterinária, criadores estão fazendo o teste para comprovar a paternidade e garantir a linhagem do animais.
Texto Anterior: Outro lado: Plano não mudou, diz presidente da fundação Próximo Texto: Trânsito: Feira de calçados no Anhembi modifica tráfego na zona norte Índice
|