São Paulo, sábado, 21 de julho de 2007

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Marco Aurélio nega "alívio" e pede desculpas

LETÍCIA SANDER
PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dia após ter reagido com um gesto obsceno à notícia sobre o defeito no Airbus, o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia divulgou nota em que ataca a imprensa, nega ter expressado "satisfação" e, ao final, pede desculpas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratou o fato como uma "infelicidade", segundo assessores próximos. Em nenhum momento, cogitou o afastamento do ministro.
No texto da nota, as desculpas de Marco Aurélio ocupam as últimas duas das 20 linhas. No restante, ele argumenta que sua reação foi "fundamentalmente de indignação", e não de "alívio" ou "felicidade". E cobra: "os novos fatos [defeitos na aeronave] mereceriam o reconhecimento de que houve precipitação e desinformação da opinião pública".
Marco Aurélio afirma que "sem nenhuma investigação ou parecer técnico consistente, importantes setores dos meios de comunicação não hesitaram em lançar sobre o governo responsabilidade da tragédia de São Paulo, como já haviam feito com a queda do avião da Gol".
O governo tem sido criticado pela persistência da crise aérea, iniciada há dez meses, e, mais especificamente, por ter entregue a pista de Congonhas de forma incompleta, o que pode ter contribuído para a tragédia. Em tese, a notícia do defeito no sistema de frenagem da aeronave dá mais relevo à eventual responsabilidade da TAM.
"Assim, o sentimento que extravasei, em privado, foi e é de repúdio àqueles que trataram sordidamente de aproveitar a comoção que o país vive para insistir na postura partidária de oposição sistemática a um governo duas vezes eleito pela imensa maioria do povo brasileiro", diz Marco Aurélio.




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