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Morador tenta fugir de fogo e cai do 7º andar
Incêndio em prédio residencial no centro de São Paulo provocou ainda uma 2ª morte e deixou outras 3 pessoas feridas
Duas crianças, de quatro e seis anos, foram socorridas com intoxicação, mas não correm risco de morte; sem luz, prédio foi interditado
DA REPORTAGEM LOCAL
Duas pessoas morreram e
outras três ficaram feridas no
incêndio em um prédio residencial de oito andares e setenta apartamentos na alameda
Barão de Campinas, nos Campos Elíseos, centro de SP.
A avó de uma das vítimas,
que mora nas imediações, passou mal e também foi socorrida. Duas crianças, um menino
de quatro anos e uma garota de
seis anos, foram levados ao hospital com intoxicação, mas não
correm risco de morte.
Uma equipe de engenheiros
da prefeitura fez uma vistoria
prévia do local e não encontrou
problemas. O prédio foi interditado porque foi necessário
desligar a rede elétrica.
A prefeitura estava ontem
dando assistência às famílias
para a retirada dos pertences e
ofereceu alojamento para
quem não tinha para onde ir.
Um dos mortos é o enfermeiro Paulo Jaílson Melo Rodrigues, 34. Segundo os bombeiros, ele caiu de uma altura de
cerca de 25 metros quando tentava deixar seu apartamento,
no sétimo andar, agarrando-se
a um varal no lado externo.
O major Ivanovitch Simões
Ribeiro, comandante interino
do 2º Grupamento de Incêndio
da capital, não confirmou a versão de que o homem havia se
atirado do prédio, conforme diziam vizinhos. "Ele estava tentando sair", disse.
A segunda vítima é uma mulher de 43 anos. Ela chegou
com vida à Santa Casa de São
Paulo, próxima do local, mas
não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.
Danos
O fogo destruiu quase totalmente dois apartamentos do
sexto andar e parte do pavimento superior. Segundo o major, o fogo começou por volta
das 12h20, provavelmente no
sexto andar, mas as causas ainda eram desconhecidas ontem.
"Somente a perícia poderá
dizer como e quando o fogo começou. Mas encontramos extintores no prédio e o sistema
de hidrantes estava funcionando normalmente, tanto que foi
utilizado por nossas equipes",
afirmou o major.
O incêndio mobilizou 20 veículos dos bombeiros e um helicóptero, que desceu no meio da
alameda. A CET (Companhia
de Engenharia de Tráfego) interditou ruas da região.
Parte dos moradores ficou
isolada na cobertura do prédio
e foi retirada de escada.
O lavrador Júlio César dos
Santos Filho, 38, contou que ficou mais de meia hora dentro
do apartamento 77, com a filha,
a irmã e dois sobrinhos. Do sexto andar, "quando abri a porta,
só deu para ver fumaça preta,
de cheiro forte, entrando no
apartamento", relatou.
O aposentado Pedro Brás, 69,
foi o último morador a ser retirado de dentro do prédio. Ele ficou cerca de oito horas dentro
do edifício, desde quando as
chamas estavam fortes até depois do rescaldo. Cadeirante,
ele convenceu os bombeiros a
sair só na desocupação final.
"Viram que seria ruim eu sair e
estava no quarto andar."
Segundo a Subprefeitura da
Sé, o prédio não conta com o
documento expedido pela prefeitura (AVS, auto de verificação de segurança) por ser isento (construção antiga), mas
tem condições de segurança.
O local será liberado após vistoria de segurança e religamento da energia elétrica.
Colaborou o "AGORA"
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