MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Policiais do Denarc prenderam anteontem, em Rio Claro (SP), a telefonista Helen Tânia Carvalho Hartmann Peixoto, 46, acusada de extorquir dinheiro do padre Reni Bresolin, 41, diretor-administrativo do Colégio Integrado e Faculdades Claretianas.
De acordo com o Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos), os dois mantinham um relacionamento havia pelo menos sete anos. Bresolin foi extorquido em R$ 40 mil pela telefonista para que o caso não fosse divulgado. Eles foram detidos em flagrante anteontem no ato do pagamento e liberados após depor.
A telefonista responderá em liberdade. O padre será investigado em sindicância pela própria instituição por ter efetuado o saque da conta bancária da faculdade.
O padre foi vigiado por aproximadamente 15 dias. Os policiais realizavam outra investigação na cidade quando receberam uma denúncia de extorsão.
Com medo de que a telefonista cumprisse a ameaça de tornar o romance público, o padre foi ao banco, anteontem, e sacou dinheiro da conta da instituição, segundo a polícia.
Em seguida, Bresolin pôs o dinheiro em envelopes e os atirou na garagem da casa da telefonista. Logo que arremessou o dinheiro, ele foi detido. Minutos depois, a telefonista também foi detida.
Por ser diretor-administrativo da instituição religiosa, o padre tinha o controle da conta bancária. Em seu depoimento, Bresolin confirmou o relacionamento e disse que sofria pressão da telefonista havia dois meses para abandonar a carreira e se unir a ela.
Há cerca de um mês, um outro padre da instituição, Hélio Aparecido Alves de Oliveira, foi acusado de pedofilia por mães de dois alunos. A Polícia Civil pediu a prisão do religioso, que está foragido e nega as acusações. O Tribunal de Justiça de São Paulo já negou um pedido de habeas corpus dele.


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