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Kassab limita publicidade em teatros e cinemas
Restrição da lei Cidade Limpa ainda não havia sido implementada nesses casos
Com a definição, publicidade de peças e filmes não poderá ultrapassar 10% da fachada dos estabelecimentos
DO "AGORA"
Constituída na semana passada para, entre outras tarefas,
apontar os casos de exceção à
lei Cidade Limpa, a CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem
Urbana) definiu que o tamanho
da publicidade em teatros, cinemas e museus deverá ocupar
no máximo 10% das fachadas.
Atualmente, a maior parte
desses estabelecimentos da capital mantém placas ou anúncios de peças e filmes com tamanho superior ao permitido.
O texto da lei já previa o limite de 10%, mas entidades da
área cultural pleiteavam a exceção. Desde o início do Cidade
Limpa, em janeiro, não houve
multas a teatros, cinemas e museus. A regra também vale para
a divulgação de exposições em
prédios públicos e museus.
"Na verdade, ficou definido
que teatros, cinemas e museus
vão ser analisados caso a caso e
cada estabelecimento terá um
projeto específico. O que foi ratificado pela comissão é que a
publicidade para a divulgação
de peças e filmes, seja o estabelecimento térreo ou não, terá
de ocupar no máximo 10% da
fachada", afirmou ontem a diretora da Emurb (Empresa
Municipal de Urbanização),
Regina Monteiro.
"Os anúncios das peças terão
de ser distribuídos em 10% da
fachada. No caso de várias peças em cartaz, uma peça terá
6%, a outra 2% e outra 2%."
A regra, segundo a diretora,
vai abranger estabelecimentos
térreos com fachada de vidro,
casos do HSBC Belas Artes e do
teatro Bibi Ferreira.
A diretora de Emurb afirmou
que o prefeito Gilberto Kassab
(DEM), em reunião na semana
passada com a comissão, determinou que nenhuma exceção
ao Cidade Limpa seja deferida
nos próximos meses.
Os comerciantes da Liberdade (região central de São Paulo), por exemplo, não vão poder
colocar de volta os adereços
orientais que caracterizavam o
comércio do bairro -possibilidade que foi estudada pela prefeitura para o tradicional reduto da colônia oriental no centro
da capital.
(DIEGO ZANCHETTA)
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