São Paulo, terça-feira, 21 de agosto de 2007

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Kassab limita publicidade em teatros e cinemas

Restrição da lei Cidade Limpa ainda não havia sido implementada nesses casos

Com a definição, publicidade de peças e filmes não poderá ultrapassar 10% da fachada dos estabelecimentos

DO "AGORA"

Constituída na semana passada para, entre outras tarefas, apontar os casos de exceção à lei Cidade Limpa, a CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana) definiu que o tamanho da publicidade em teatros, cinemas e museus deverá ocupar no máximo 10% das fachadas.
Atualmente, a maior parte desses estabelecimentos da capital mantém placas ou anúncios de peças e filmes com tamanho superior ao permitido.
O texto da lei já previa o limite de 10%, mas entidades da área cultural pleiteavam a exceção. Desde o início do Cidade Limpa, em janeiro, não houve multas a teatros, cinemas e museus. A regra também vale para a divulgação de exposições em prédios públicos e museus.
"Na verdade, ficou definido que teatros, cinemas e museus vão ser analisados caso a caso e cada estabelecimento terá um projeto específico. O que foi ratificado pela comissão é que a publicidade para a divulgação de peças e filmes, seja o estabelecimento térreo ou não, terá de ocupar no máximo 10% da fachada", afirmou ontem a diretora da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), Regina Monteiro.
"Os anúncios das peças terão de ser distribuídos em 10% da fachada. No caso de várias peças em cartaz, uma peça terá 6%, a outra 2% e outra 2%."
A regra, segundo a diretora, vai abranger estabelecimentos térreos com fachada de vidro, casos do HSBC Belas Artes e do teatro Bibi Ferreira.
A diretora de Emurb afirmou que o prefeito Gilberto Kassab (DEM), em reunião na semana passada com a comissão, determinou que nenhuma exceção ao Cidade Limpa seja deferida nos próximos meses.
Os comerciantes da Liberdade (região central de São Paulo), por exemplo, não vão poder colocar de volta os adereços orientais que caracterizavam o comércio do bairro -possibilidade que foi estudada pela prefeitura para o tradicional reduto da colônia oriental no centro da capital.
(DIEGO ZANCHETTA)


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