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PLÍNIO TREVISAN FRANCO (1932 - 2010)
Sabia as barbadas dos páreos
FELIPE CARUSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Plínio Trevisan Franco parecia uma criança com um
brinquedo novo quando assistia às corridas de cavalo.
Concentrava-se apenas no
galope firme dos animais.
A paixão por cavalos vem
da infância na fazenda do pai
em Itápolis (SP), onde nasceu. Aos sete, a família vendeu as terras e foi para SP.
Com a morte do pai, começou a trabalhar, aos 14, para
ajudar a mãe e os seis irmãos.
Num cassino em Santos
(SP), conheceu jóqueis que
apostavam o dinheiro ganho
nas corridas. Eles lhe apresentaram o turfe.
No serviço militar, pregou
uma peça nos oficiais quando eles foram a uma festa:
dispensou o batalhão inteiro
e trancou o quartel por fora.
Às vésperas da dispensa, foi
refletir sobre seu ato por alguns dias na prisão militar.
Após um ano no quartel,
foi trabalhar num cartório,
onde ficou até se aposentar.
Frequentava jóqueis clubes
em Santos, Campinas e SP.
Comprou sete cavalos.
Encantou-se por Mirtes,
uma jovem de longos cabelos
negros. Casaram-se no início
da década de 70. Ela puxou
as rédeas de Plínio e pediu
para que ele vendesse os cavalos e parasse de apostar.
Marido e pai dedicado,
atendeu prontamente ao pedido da mulher, mas continuou a acompanhar o turfe.
Como conhecia os treinadores e sempre dava as barbadas dos páreos, foi trabalhar numa agência de aposta
do Jockey Club de São Paulo.
Morreu no domingo, aos
78, em São Paulo, de hemorragia aguda. Deixa dois filhos e dois netos. A missa de
sétimo dia será amanhã, às
19h na igreja de S. Francisco
de Assis, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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