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Lavanderias não passam em teste para tirar mancha
Pesquisa da ProTeste avaliou unidades do Rio e de São Paulo
Paletós, blusas de seda e echarpes foram sujos com manchas de caneta esferográfica, batom
e molho de tomate
FERNANDA BASSETTE
DE SÃO PAULO
Tirar manchas de roupas
não é uma tarefa fácil de ser
feita em casa. E nem fora dela. Avaliação realizada pela
ProTeste com 20 lavanderias
do Rio e de SP constatou que
a maioria teve dificuldades
para tirar todas as manchas
de três tipos de tecidos.
As peças escolhidas foram: paletó, blusa de seda e
echarpe com bordados de
lantejoulas. Elas foram igualmente sujas com batom, caneta esferográfica, molho de
tomate, entre outros.
Sem saber do teste, as lavanderias receberam as três
peças de uma única vez.
Michelle Marques, analista da ProTeste, diz que a
maioria perguntou como as
peças foram sujas e um terço
aceitou o serviço sem alertar
que as manchas poderiam
ser difíceis de sair.
Das 20 lavanderias, nove
removeram totalmente as
manchas do paletó, sem desbotar o tecido -quatro não
conseguiram tirar nada.
Nenhuma lavanderia conseguiu remover totalmente a
sujeira da blusa de seda. As
que removeram parcialmente, alteraram a cor.
Apenas sete tiraram todas
as manchas da echarpe e dez
não tiraram nada.
Rui Torres, diretor-administrativo do Sindilav (Sindicato das Lavanderias de São
Paulo) diz que não é recomendável garantir a remoção. "Inúmeras variáveis podem interferir. Não temos como saber quanto tempo a
mancha ficou na peça, nem
se ela foi lavada antes, se a
pessoa aplicou produtos."
Em nota, a Anel (Associação Nacional das Empresas
de Lavanderia) diz que alguns tipos de manchas são irremovíveis, dependendo de
como foram causadas e do tipo de tecido utilizado.
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