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Justiça manda que Paraitinga mostre como usará doações
Ação civil pública mostrou irregularidades no destino da verba
FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO
Uma liminar concedida
ontem pela Justiça obriga o
Estado e a Prefeitura de São
Luiz do Paraitinga (a 182 Km
de São Paulo) a apresentar
projetos de recuperação de
moradias e da mata ciliar da
bacia que banha a cidade,
atingida por uma enchente
em janeiro. Cabe recurso.
A decisão também determina que a prefeitura apresente em 30 dias um relatório
sobre como usará os valores
arrecadados com doações.
Os recursos devem ser
aplicados em recuperação de
moradias ou mobiliário, sob
pena de multa diária de R$
1.000. Até a apresentação do
projeto, as contas em que as
doações foram depositadas
serão bloqueadas.
A Defensoria Pública de
São Paulo entrou com ação
civil na última semana apontando falta de ações ambientais e uso inadequado das
verbas de doações. Em vez de
ser destinado à ajuda humanitária, o dinheiro teria sido
usado em reformas em instalações da prefeitura.
O governo deve ter, em 60
dias, uma proposta para desassorear e recuperar a calha
e a mata ciliar da bacia do rio
Paraitinga. A justificativa é a
prevenção de novos desastres. A multa por descumprimento é de R$ 5.000 por dia.
A Folha não conseguiu localizar ontem representantes
da prefeitura. O governo afirmou que investiu mais de R$
100 milhões na cidade e que
já planejava licitação para remover sedimentos do rio.
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