São Paulo, Sábado, 21 de Agosto de 1999
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Empresa fechada forneceu ao PAS

da Reportagem Local

O módulo 7 do PAS (Plano de Atendimento à Saúde), em Santana (zona norte de São Paulo), usou notas fiscais de empresas que já estavam fechadas havia até três anos para justificar gastos de cerca de R$ 174 mil entre 96 e 97.
A polícia, que apontou a irregularidade, apura se ela permitiu desviar recursos do módulo.
O uso de notas fiscais de empresas que não existiam, segundo a polícia, é mais um braço do esquema de corrupção investigado. Havia outros artifícios, como notas frias e compras fantasmas e superfaturadas para desviar recursos do PAS.
Esses esquemas de corrupção estão sendo investigados pela Polícia Civil em três inquéritos abertos para apurar irregularidades em 3 dos 13 módulos do plano.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde, a prefeitura já deixou de pagar cerca de R$ 30 milhões para fornecedores do PAS por haver suspeita de irregularidade nas compras feitas pelos módulos.
A medida, no entanto, não atingiu as três empresas que supostamente forneceram produtos para o módulo de Santana.
De acordo com a polícia, não constam débitos da prefeitura com esses fornecedores. Isso significa que efetivamente saíram dos cofres os recursos relativos às notas fiscais das empresas fechadas. Segundo a polícia, as investigações não apontaram, até agora, quem recebeu o dinheiro.

Agulhas
No caso do módulo 7, as notas encontradas até agora pela polícia são das empresas Osiview, Zoroastro e Lightimport. Elas foram consideradas fechadas e proibidas de emitir nota fiscal pela Secretaria da Fazenda do Estado a partir de 94, segundo a polícia.
Pelas notas, essas empresas teriam fornecido de agulhas a aparelhos de raios X. Segundo levantamento da polícia, as empresas eram pequenas -tinham de dois a cinco funcionários e funcionavam em São Paulo e em Cotia (Grande SP).
A polícia não divulgou os nomes dos sócios das empresas fechadas, agora acusadas de envolvimento no esquema. Também não há telefones registrados em nome delas.
Os titulares das empresas fechadas, os responsáveis pelo setor de compras e pelo módulo 7 do PAS serão chamados a depor. (JCS)

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