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Empresa fechada forneceu ao PAS
da Reportagem Local
O módulo 7 do PAS (Plano de
Atendimento à Saúde), em Santana (zona norte de São Paulo),
usou notas fiscais de empresas
que já estavam fechadas havia até
três anos para justificar gastos de
cerca de R$ 174 mil entre 96 e 97.
A polícia, que apontou a irregularidade, apura se ela permitiu
desviar recursos do módulo.
O uso de notas fiscais de empresas que não existiam, segundo a
polícia, é mais um braço do esquema de corrupção investigado.
Havia outros artifícios, como notas frias e compras fantasmas e
superfaturadas para desviar recursos do PAS.
Esses esquemas de corrupção
estão sendo investigados pela Polícia Civil em três inquéritos abertos para apurar irregularidades
em 3 dos 13 módulos do plano.
De acordo com a assessoria de
imprensa da Secretaria da Saúde,
a prefeitura já deixou de pagar
cerca de R$ 30 milhões para fornecedores do PAS por haver suspeita de irregularidade nas compras feitas pelos módulos.
A medida, no entanto, não atingiu as três empresas que supostamente forneceram produtos para
o módulo de Santana.
De acordo com a polícia, não
constam débitos da prefeitura
com esses fornecedores. Isso significa que efetivamente saíram
dos cofres os recursos relativos às
notas fiscais das empresas fechadas. Segundo a polícia, as investigações não apontaram, até agora,
quem recebeu o dinheiro.
Agulhas
No caso do módulo 7, as notas
encontradas até agora pela polícia
são das empresas Osiview, Zoroastro e Lightimport. Elas foram
consideradas fechadas e proibidas de emitir nota fiscal pela Secretaria da Fazenda do Estado a
partir de 94, segundo a polícia.
Pelas notas, essas empresas teriam fornecido de agulhas a aparelhos de raios X. Segundo levantamento da polícia, as empresas
eram pequenas -tinham de dois
a cinco funcionários e funcionavam em São Paulo e em Cotia
(Grande SP).
A polícia não divulgou os nomes dos sócios das empresas fechadas, agora acusadas de envolvimento no esquema. Também
não há telefones registrados em
nome delas.
Os titulares das empresas fechadas, os responsáveis pelo setor de
compras e pelo módulo 7 do PAS
serão chamados a depor.
(JCS)
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