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EDUCAÇÃO
Dinheiro iria para a entidade
UNE agora quer selo pago em carteirinha
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
A UNE (União Nacional dos Estudantes) apresentou ontem ao
Congresso Nacional uma proposta de mudança no sistema de
emissão de carteiras de estudante,
mais próxima à medida provisória do ministro da Educação, Paulo Renato Souza, que acabou com
o monopólio da entidade.
A proposta da UNE amplia o direito à meia-entrada para todos
os menores de 18 anos, a exemplo
do que faz a MP, e descentraliza o
sistema de emissão dos documentos. A entidade quer que haja
apenas uma carteira padronizada
para todas as entidades, com um
selo que ainda será definido.
Na prática, a obrigatoriedade do
selo continuaria assegurando recursos para a UNE, hipótese que
não consta da medida provisória
publicada pelo governo federal.
Segundo a proposta, a emissão
das carteiras continuaria sendo
feita só por entidades estudantis,
como centros acadêmicos.
A entidade busca abrir mão de
alguns benefícios que tinha antes
da publicação da MP, para não
perder por completo o controle
na emissão das carteirinhas. O
projeto de lei da UNE foi encaminhado para os deputados Tânia
Soares (PC do B-SE) e Wilson
Santos (PMDB-MT), que coordenam uma frente de parlamentares. Segundo a UNE, a frente defende o movimento estudantil.
"Estamos propondo que o nosso projeto seja um substitutivo da
MP, até para tramitar mais rápido", diz o presidente da entidade,
Felipe Maia. Ele afirma que o financiamento da UNE por meio
das carteirinhas, que no ano passado gerou quase R$ 2 milhões de
receita, vai diminuir, assim como
o preço final do documento para
os estudantes.
O ministro da Educação, Paulo
Renato Souza, não foi localizado
pela Folha para que comentasse a
proposta da UNE.
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