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AEROPORTO
Intenção da prefeitura é que eles paguem impostos
Lojistas e Infraero são intimados a regularizar situação em Congonhas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo decidiu ontem intimar a Empresa
Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuário (Infraero) e lojistas
do aeroporto de Congonhas, na
zona sul de São Paulo, para que
regularizem sua situação.
Fiscais da Subprefeitura de Santo Amaro deram prazo de cinco
dias para que a Infraero apresente
a documentação. Também foram
notificadas 41 empresas -entre
lojistas e prestadores de serviço-
para que licenciem suas atividades na subprefeitura.
Os lojistas não quiseram ontem
se pronunciar sobre a intimação e
se limitaram a informar que, como concessionários da Infraero,
cumprem todos os dispositivos
relativos aos respectivos contratos. A assessoria da Infraero informou que ontem não seria possível localizar ninguém que pudesse comentar o assunto.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Governo informou ontem que as lojas, os
hangares de manutenção e os edifícios administrativos de companhias aéreas localizadas no aeroporto não têm suas atividades licenciadas e, com isso, não recolhem tributos à municipalidade,
como IPTU ou ISS.
Embora o aeroporto esteja sob
gestão da União, a prefeitura considera que os edifícios não podem
ficar em desacordo com a Lei de
Uso e Ocupação do Solo. O chefe
de gabinete da Secretaria Municipal de Governo, Ubiratan de Paula Santos, afirmou que os lojistas
estão sujeitos à tributação municipal, a exemplo das demais atividades comerciais da cidade.
A assessoria da secretaria informou ainda que as empresas que
não regularizarem sua situação
no prazo de 30 dias -que poderá
ser prorrogado- serão multadas, mas não soube informar o
valor da multa. A prefeitura também informou que não intimou
as empresas antes porque teve de
se informar a respeito da fiscalização dentro de áreas federais.
Pela manhã, a prefeita Marta
Suplicy (PT) afirmou que a intenção é regularizar a situação do local. "Ninguém quer brigar com a
Infraero. Agora, a Infraero não está na casa da sogra. Ela está em
uma cidade que tem autoridade e
ela tem de prestar contas a essa
autoridade. (...) Isso me parece
normal em qualquer cidade civilizada do mundo", disse a prefeita.
A prefeita ainda afirmou que a
medida é também consequência
da aprovação do Plano Diretor,
na sexta-feira retrasada. "Nós estamos começando a aplicar a lei.
E, a partir do momento que você
já tem um Plano Diretor e o estatuto da cidade -que coloca tudo
o que ocorre dentro do município
como responsabilidade da prefeitura-, nós temos todos o dever e
a responsabilidade de querer que
as lojas do aeroporto se regularizem", disse a prefeita.
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