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Perícia conclui laudo sobre morte de Ubiratan
Investigadores já analisam as planilhas de ligações telefônicas feitas após o crime
Um dos objetivos é saber se Liliana Prinzivalli, mãe da principal suspeita pelo crime, procurou autoridades policiais depois do homicídio
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Os seis conjuntos de laudos
periciais feitos pelo IC (Instituto de Criminalística) para ajudar a Polícia Civil a descobrir
quem matou, no dia 9 deste
mês, o coronel da reserva e deputado estadual Ubiratan Guimarães com um tiro no abdômen ficaram prontos ontem e
serão entregues hoje aos investigadores do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Até o fim da tarde de hoje, os
investigadores do caso já terão
os laudos que analisaram ao
menos 20 conjuntos de fragmentos de impressões, as roupas da advogada e namorada de
Ubiratan, Carla Prinzivalli Cepollina, 40, o projétil de calibre
38 recolhido na cena do crime,
um estudo sobre o trajeto da
munição até ferir a vítima (para
determinar a altura aproximada de quem atirou), dois copos
de bebida alcoólica e também
uma toalha com sangue.
O confronto balístico do projétil 38 que matou Ubiratan,
encontrado pela perícia no sofá
da sala do apartamento dele, foi
feito a partir de comparações
com dois outros recolhidos sábado passado em um sítio de
Espírito Santo do Pinhal (202
km de SP), onde a arma usada
para matar Ubiratan, que está
desaparecida e foi emprestada
a ele por seu amigo Fernando
Crucello, 31, foi testada.
Desde ontem, o DHPP analisa as planilhas de ligações telefônicas feitas por oito pessoas
que tiveram o sigilo telefônico
quebrado pela Justiça na semana passada: as ligações feitas
por Carla, a mãe dela, a advogada Liliana Prinzivalli e Ubiratan durante o fim de semana
em que ele foi morto são as
mais importantes.
Os investigadores querem
saber se Carla fez algum contato mais longo com sua mãe entre 19h30 e 20h30 do dia 9, horário estimado para o assassinato de Ubiratan. Carla afirma
ter deixado o prédio de Ubiratan por volta das 20h. Também
existe a preocupação em saber
se, a pedido da filha, Liliana fez
ligações para pessoas da cúpula
da Polícia Civil ou do Poder Judiciário, na mesma noite do assassinato.
Apontada como principal alvo da investigação sobre o assassinato de Ubiratan, que
sempre disse aos parentes e
amigos mais próximos temer
ser morto perto do período
eleitoral, em uma ação da facção criminosa PCC (Primeiro
Comando da Capital), Carla
também foi colocada em suspeição por ter entregue à polícia, dois dias após o assassinato,
roupas que não seriam as mesmas que usou no sábado.
Para descobrir se Carla entregou ou não à perícia as roupas usadas quando esteve com
Ubiratan pela última vez, ontem a empregada que as lavou
prestou depoimento no DHPP.
Imagens das câmeras de segurança do prédio dela, feitas por
volta das 21h05 do dia 9, apontam que Carla usava uma blusa
preta por cima de outra clara.
Outras quatros pessoas, dentre as quais Karina Rodrigues,
funcionária do gabinete de Ubiratan na Assembléia Legislativa, também foram interrogadas. Liliana chegou ao DHPP ao
meio-dia e foi embora por volta
das 20h.
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