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Bicicleta vence automóvel em "corrida" no rush paulistano
Bikes ficaram na 2ª colocação, e carro, na 4ª; motocicleta foi a mais rápida
PAULO SAMPAIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Cruzar a cidade de bicicleta
na hora do rush só não é mais
rápido do que ir de moto; depois deles vêm o ônibus, o carro, o trem (integrado com metrô) e o metrô (com ônibus).
Uma "corrida maluca" realizada ontem entre seis meios de
transporte diferentes, com largada às 18h na avenida Luiz
Carlos Berrini (zona sul) e chegada na prefeitura (centro), verificou que o passageiro da integração ônibus/metrô pode
levar 1h39min, ou 42min93s a
mais que o motociclista.
As duas ciclistas chegaram
em 48min20s e 52min15s; o
passageiro dos ônibus (pegou
dois), em 1h6m; em seguida vieram a motorista do carro
(1h16m) e os que usaram a integração trem/metrô (1h23m) e
ônibus/metrô.
Batizada de 1º Desafio Intermodal, a corrida foi uma iniciativa de três ONGs de ciclistas,
com apoio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, e teve como inspiração
um evento semelhante realizado em 31 de agosto no Rio. Na
versão carioca, a moto e a bicicleta também chegaram antes.
A prova faz parte das atividades relacionadas ao "Dia sem
Carro", marcado para amanhã,
quando a população mundial
será convocada a usar um outro
meio de transporte.
Na corrida, todos estavam
empenhados na defesa de alternativas ao carro. "No ônibus,
você tem tempo para ler e ouvir
música", diz o estudante Inácio
Guerberoff, 26, que desceu no
ponto errado e teve de andar
mais até a chegada.
Mariana Cavalcanti, 30, que
foi de carro, diz que já sofreu
três seqüestros relâmpagos ao
volante. Para o motociclista
Rodrigo Pinto, 28, o problema
"é que não se investe em educação no trânsito". "Em geral, o
motoboy é mal educado."
O professor João Campos,
30, que tem horários flexíveis,
só anda de "trem e bike". Em
meio à sua defesa do transporte
alternativo, apertado no trem
cheio, João é interrompido por
um passageiro. "Esse aqui é o
"lerdeza'", diz o supervisor de
oficina Milton Nogueira, 40,
que afirma levar 25 minutos
para percorrer oito estações.
Colaboraram DANIELA ARRAIS e ESTÊVÃO
BERTONI
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