São Paulo, terça-feira, 21 de setembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Jovem morto pela PM do RJ trabalhava e era estudante

Rapaz, que chegou a ser apontado como traficante, foi uma das quatro vítimas de suposto confronto no Rio

Dos mortos no último sábado, só um tinha antecedentes criminais; PM afirma que fará investigação interna

DO RIO

O jovem Julio César de Menezes Coelho, 21, morto no sábado durante suposto confronto entre PMs e traficantes na favela Cidade Alta, em Cordovil (zona norte do Rio), trabalhava e estudava e, diferentemente do que afirmara a PM, não era traficante.
A família de Julio César afirmou ontem que pretende processar o Estado.
O rapaz trabalhava havia seis meses como atendente da madrugada de uma loja do McDonald's. À tarde, frequentava cursos de uma ONG que funciona na favela e, à noite, o ensino fundamental de um supletivo.
Ontem, a Polícia Civil informou que, dos quatro mortos na Cidade Alta no sábado, três não tinham antecedentes criminais. A Secretaria de Estado de Educação confirmou que Julio César e Wantuiller Marques estavam matriculados num supletivo.
A terceira vítima que não tinha antecedentes criminais era Rodrigo Alves Catureba.
Segundo a tia de Coelho, moradores contaram que os policiais chegaram ao local atirando.
"Vamos processar o Estado, porque foi uma covardia", disse Gilmara Coelho, no enterro do sobrinho.
A PM informou que o comandante interino do 16º BPM abriu "procedimento administrativo" sobre o fato.


Texto Anterior: Suspeito de pedofilia é preso na zona norte
Próximo Texto: Saúde: Funcionários de hospital na Lapa protestam por salários atrasados
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.