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Ranking gera competição e desgasta aluno
DA REPORTAGEM LOCAL
Um ano inteiro de competição. Essa é a sensação dos alunos que já passaram pelo sistema de ranking dos cursos de
engenharia e letras da USP.
No curso de letras, cada docente tem seus critérios e formas de avaliação. O efeito é que
os alunos procuram se matricular nas turmas de professores tidos como "bonzinhos" e
fogem dos mais rigorosos. Para
o diretor da FFLCH, Sedi Hirano, é preciso partir da idéia de
que há neutralidade. "Não digo
que os critérios sejam perfeitos,
mas é o que perseguimos."
Na engenharia, as provas do
ciclo básico costumam ser as
mesmas para todas as turmas.
"Como as aulas são diferentes,
as salas dos bons professores ficam lotadas. Mesmo quem não
é da turma vai assistir", conta
Fábio Zveibil, 20, aluno de engenharia de produção.
Segundo os alunos, o clima
de competição chega a atrapalhar as amizades. "Em engenharia, as pessoas já têm dificuldade de se comunicar. Com
a competição, o problema se
intensifica", afirma o estudante
do segundo ano de civil Renato
Rosenberg, 19, membro do
Grêmio Politécnico. De acordo
com ele, o sistema desmobiliza
os estudantes, quebrando a
possibilidade de lutar por interesses coletivos.
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