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Estudantes "atacaram" primeiro, diz PM
Segundo polícia, bombas de efeito moral e balas de borracha só foram atiradas após estudantes partirem para confronto
CET diz que estuda a
colocação de um semáforo e
de uma faixa de pedestre na
avenida, próximo à
faculdade, em até 3 meses
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram os estudantes que atacaram primeiro os policiais. Essa é a justificativa da Polícia
Militar para o confronto desencadeado na noite de ontem entre alunos e PMs em plena avenida Sumaré, zona oeste de São
Paulo. Chamada às 20h50 para
desinterditar as faixas da via,
que tinham sido fechadas pelos
estudantes da Faculdade Sumaré depois do atropelamento
de uma colega, a polícia usou
balas de borracha e bombas de
efeito moral.
A assessoria da PM afirma
que os policiais só atiraram
após um grupo com cerca de
200 pessoas resistir à ordem de
desinterdição da via e "partir
para cima" dos policiais. O saldo foi de pelo menos sete feridos, todos alunos da faculdade,
que tiveram ferimentos leves.
Seis foram encaminhados ao
Hospital das Clínicas.
O secretário da Segurança
Pública, Saulo de Castro Abreu
Filho, foi procurado pela Folha
por meio de sua assessoria, mas
afirmou que o caso fora localizado e que o comandante da
operação é que deveria dar as
explicações. Os policiais envolvidos na operação são do 23º
Batalhão, da Força Tática e da
Tropa de Choque. O coronel
Isaú Segala, comandante da região oeste, disse que vai ser instaurado inquérito na Corregedoria da PM para apurar se
houve excesso.
O tumulto começou, afirma
Marlene Tancredi Nagem, gestora da unidade, porque os alunos se "cansaram" de pedir às
autoridades uma faixa de pedestre ou uma passarela no local. "É praticamente impossível atravessar a avenida aqui.
Enviamos vários ofícios para a
CET e nunca tivemos nenhuma resposta", diz. "Nossos estudantes estão sempre correndo risco para chegar à faculdade, e a situação ficou ainda pior
depois da faixa para motos."
A assessoria de imprensa da
CET afirma que já está estudando a colocação de um semáforo e de uma faixa de pedestre
na avenida, próximo à faculdade. Apesar de ainda não haver
uma previsão correta, a expectativa é que, em no máximo
três meses, o equipamento já
esteja em funcionamento.
O órgão não tem informações sobre o aumento de atropelamentos no local. Apenas
no primeiro dia da implantação
da faixa para motocicletas, em
18 de setembro, porém, ocorreram dois acidentes entre motos
e pedestres.
Colaborou KLEBER TOMAZ, da Reportagem
Local
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