São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007

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Morador gosta até do "barulho de enfartar"

DA REPORTAGEM LOCAL

"Barulho? Mas todo ano é assim! Helicóptero, trânsito e o som da corrida em si", diz o comerciante Cássio Silveira, 38, que mora nos arredores do autódromo. "Estou na final da reta, que é quando os carros passam na maior velocidade. Junto com o ruído dos helicópteros, o barulho é de enfartar, mas eu gosto. O bairro vira uma festa."
O congestionamento do céu da vizinhança é percebido de maneira diversa pelos moradores. Na porção oeste do autódromo, com casas espaçosas e ruas arborizadas, a corretora de imóveis Neusa Farias considera o domingo "muito divertido com a agitação".
Ela conta que, aos finais de semana de corrida, é despertada pelos ruídos. "Acordo às 8h com helicópteros passando. Mas vejo vantagens: o bairro fica cheio de polícia e deixam as ruas limpinhas."
Já na porção leste do autódromo, com calçadas de pouca sombra e casas coladas pelas paredes, outra Neusa, de sobrenome Cardoso e dona de um bar de esquina, diz: "A corrida é ruim para nós. Só bagunça". Ela nem reclama do barulho, mas da movimentação na rua e da concorrência. "Esse povo que vem ver a corrida bebe tudo lá dentro mesmo." (DB)


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