São Paulo, quarta, 21 de outubro de 1998

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Merenda escolar deve ficar sem R$ 150 mi

da Sucursal de Brasília

A merenda escolar deverá perder R$ 150 milhões com os cortes orçamentários impostos pelo governo federal.
Pró-reitores das instituições federais de ensino superior reclamaram ontem que o MEC estava tirando dinheiro das universidades para pagar a merenda, ou seja, "tirando de um santo e descobrindo outro".
Israel Stal, subsecretário de Planejamento e Orçamento do MEC, afirmou que as fontes de receita da merenda são diferentes das das universidades e que o MEC jamais tiraria dinheiro da merenda para pagar contas de luz e água das universidades.
"A merenda e a Capes também vão perder dinheiro. Haverá cortes na merenda de R$ 150 milhões em relação ao que seria o mínimo", disse Stal.
Segundo ele, a merenda precisaria de R$ 900 milhões e só tem dotação orçamentária de R$ 750 milhões.
À platéia de pró-reitores, Stal explicou que os municípios deixarão de receber o dinheiro da merenda escolar, ficando com um "buraco orçamentário" de R$ 150 milhões.

Pesquisas
Em relação à Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Stal afirmou que o ministério não deverá cortar bolsas, mas vai cortar metade dos fomentos para pesquisas.
"Nós temos custos muito altos, são despesas pesadas de difícil compressão. R$ 350 milhões para Capes, R$ 900 milhões para a merenda. É preciso mexer no orçamento para adaptá-lo aos limites determinados", afirmou.

Hospitais
As universidades reclamam que o pagamento de hospitais universitários deverá ser um dos mais afetados pela contenção de despesas.
Segundo a UnB e a Universidade Federal do Espírito Santo, essas são despesas importantes da s instituições que ficarão comprometidas com os cortes.
Stal afirmou que R$ 80 milhões destinados aos hospitais estão sendo negociados e deverão ser liberados pelo MEC.



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