São Paulo, quarta, 21 de outubro de 1998

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Procurador troca promotor no caso da garota arrastada no carro

ALESSANDRO SILVA
da Folha Ribeirão

O procurador-geral do Estado, Luiz Antonio Guimarães Marrey, determinou ontem a troca do promotor que cuida do caso da prostituta Selma Heloísa Artigas da Silva, arrastada até a morte por uma camionete em Ribeirão Preto (319 km de SP), em 11 de setembro.
Marrey também mandou denunciar o empresário Pablo Russel Rocha, 24, acusado de matar a garota de programa, por homicídio doloso (intencional), depois de analisar o inquérito policial.
O nome do novo promotor -José Vicente Pinto Ferreira, 47- saiu publicado ontem no "Diário Oficial". Ele irá substituir Djalma Marinho Cunha Filho, destituído pelo procurador-geral.
Marrey precisou se manifestar porque o juiz e o promotor que estavam no caso "racharam" quanto às provas que sustentariam a acusação contra o empresário.
Na sexta-feira, data em que venceu a prisão temporária do acusado, Cunha Filho se negou a denunciar Rocha, alegando falta de provas contra o acusado. Sem a denúncia, Rocha seria libertado.
Ele queria que o inquérito voltasse à delegacia para a realização de novas diligências. Isso garantiria a liberdade do acusado.
Mesmo assim, o juiz Luís Augusto Freire Teotônio assinou a preventiva e remeteu o inquérito para análise da Procuradoria Geral de Justiça, em São Paulo.
Depois de concluídas as investigações pela polícia, o promotor precisa denunciar o envolvido no crime à Justiça.
"A versão apresentada por Rocha, no sentido de que tudo não passou de um mero acidente, não se mostra verossímil", despachou Marrey anteontem.
O procurador-geral se baseou nos ferimentos encontrados no corpo da garota de programa para afirmar que há indícios de homicídio intencional.



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