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Procurador troca promotor no caso da garota arrastada no carro
ALESSANDRO SILVA
da Folha Ribeirão
O procurador-geral do Estado,
Luiz Antonio Guimarães Marrey,
determinou ontem a troca do promotor que cuida do caso da prostituta Selma Heloísa Artigas da Silva, arrastada até a morte por uma
camionete em Ribeirão Preto (319
km de SP), em 11 de setembro.
Marrey também mandou denunciar o empresário Pablo Russel Rocha, 24, acusado de matar a
garota de programa, por homicídio doloso (intencional), depois
de analisar o inquérito policial.
O nome do novo promotor
-José Vicente Pinto Ferreira,
47- saiu publicado ontem no
"Diário Oficial". Ele irá substituir
Djalma Marinho Cunha Filho,
destituído pelo procurador-geral.
Marrey precisou se manifestar
porque o juiz e o promotor que estavam no caso "racharam" quanto às provas que sustentariam a
acusação contra o empresário.
Na sexta-feira, data em que venceu a prisão temporária do acusado, Cunha Filho se negou a denunciar Rocha, alegando falta de
provas contra o acusado. Sem a
denúncia, Rocha seria libertado.
Ele queria que o inquérito voltasse à delegacia para a realização
de novas diligências. Isso garantiria a liberdade do acusado.
Mesmo assim, o juiz Luís Augusto Freire Teotônio assinou a
preventiva e remeteu o inquérito
para análise da Procuradoria Geral de Justiça, em São Paulo.
Depois de concluídas as investigações pela polícia, o promotor
precisa denunciar o envolvido no
crime à Justiça.
"A versão apresentada por Rocha, no sentido de que tudo não
passou de um mero acidente, não
se mostra verossímil", despachou
Marrey anteontem.
O procurador-geral se baseou
nos ferimentos encontrados no
corpo da garota de programa para
afirmar que há indícios de homicídio intencional.
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