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Motoboy acusado de ser maníaco vira réu em processo de extorsão
CRISPIM ALVES
da Reportagem Local
O motoboy Francisco de Assis
Pereira, que disse ser o maníaco
do parque e confessou a morte de
11 mulheres (apesar de ter sido indiciado em 9 casos), virou réu em
um processo no qual é acusado da
prática de extorsão contra a família de uma de suas vítimas fatais,
Selma Ferreira Queiroz.
Ontem pela manhã, Pereira participou da primeira audiência do
caso, na qual foram ouvidas as testemunhas de acusação.
Selma, balconista, desapareceu
em 3 de julho, após fazer exames
médicos na empresa em que trabalhava. Era dia de jogo do Brasil
na Copa. Ela foi assistir à partida
na avenida Paulista (centro de SP).
O motoboy também foi assistir
ao jogo no telão. Horas antes de o
corpo de Selma ser achado no parque do Estado (zona sudoeste), no
dia seguinte, um homem telefonou para a casa da família da balconista. Disse que estava com Selma e que só a libertaria após o pagamento de R$ 1.000.
Sara Ferreira, irmã de Selma,
que atendeu a ligação, reconheceu
a voz do motoboy gravada em um
vídeo como sendo a do homem
que tentou extorquir o dinheiro.
Pereira foi indiciado e denunciado pelo crime. Há cerca de um
mês, ele foi interrogado por um
juiz de Taubaté, cidade onde está
preso. O motoboy negou os crimes. Ontem, as quatro testemunhas reafirmaram as acusações.
O juiz Marcos Roberto de Souza
Bernicchi, titular da 2ª Vara do
Fórum de Cotia, determinou a
realização de exames de sanidade
mental em Pereira. Só após o resultado dos testes, Bernicchi decidirá se condena ou não o réu.
Ontem à tarde, o promotor Edilson Mougenot Bonfim devolveu
para a polícia o inquérito sobre a
morte de Michele dos Santos Martins. Segundo ele, as investigações
estavam incompletas, o que impediu o oferecimento da denúncia.
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