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Câmeras estavam desligadas e não filmaram assalto na Caixa
SÍLVIA CORRÊA
da Reportagem Local
As câmeras da Caixa Econômica
Federal (CEF) da rua Augusta (zona sudoeste de SP) estavam desligadas durante o final de semana e
não filmaram a ação de cerca de 15
homens armados que levaram R$
6 milhões em jóias da agência no
último sábado. A informação foi
divulgada ontem pela delegado
Ruy Fontes, titular da Delegacia
de Roubo a Bancos.
A CEF não quis explicar o fato e
limitou-se a informar por meio de
sua assessoria de imprensa que
cumprirá o acordo que fez com a
polícia. Pelo acordo, somente os
policiais podem dar informações
sobre as investigações.
A ausência de filmagem é um
dos diversos fatores que vêm complicando a apuração do crime.
Outro entrave tem sido os depoimentos confusos prestados pelas
16 pessoas que estavam no prédio
no momento da ação.
"As testemunhas sabem dizer,
por exemplo, que dois dos ladrões
tinham croquis do setor de penhora, mas não sabem dizer nada sobre os dois ladrões que estariam
segurando as folhas", disse o chefe dos investigadores da Roubo a
Bancos, Silvio Sciasc. "Não podemos confiar nessas descrições."
A pouca riqueza dos relatos fez a
polícia desistir de divulgar ontem
os retratos falados de três dos 15
homens envolvidos no assalto. Pelas informações iniciais, dois deles
são brancos e um pardo, todos
com cerca de 25 anos.
A polícia investiga a hipótese de
pessoas ligadas à agência ou aos
prestadores de serviço terem dado
dicas ao ladrões sobre o funcionamento do banco.
Pela lei eleitoral, entre hoje e a
próxima terça os assaltantes só
poderão ser presos se flagrados
em algum outro crime. Ontem, a
polícia prendeu um estelionatário
que tentava receber R$ 20 mil da
CEF em troca de supostas informações sobre os ladrões.
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