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ANÁLISE
Gestão não definiu rumo das avaliações
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
Após quase um ano no poder, a
gestão do PT ainda não deu sinais
claros do rumo que dará às avaliações educacionais. O novo governo prometeu mudanças, chegou a
esboçar algumas propostas, mas
ainda não informou à sociedade o
que será feito do Enem, do provão
e de outros instrumentos criados
na gestão do ex-ministro tucano
Paulo Renato Souza.
Ao menos nas declarações à imprensa, a intensidade das mudanças tem variado bastante de acordo com o dirigente que tenta explicá-las. Isso reflete em parte a
própria composição do MEC.
Seu principal dirigente, o ministro Cristovam Buarque, elogia a
cultura de avaliação que foi fortalecida na gestão de seu antecessor,
mas sempre afirma que sua intenção é aperfeiçoar o atual sistema.
Esse tom moderado, porém,
nem sempre é percebido nas declarações dos dirigentes do Inep,
responsável pelas estatísticas educacionais. Em parte, isso se explica porque as principais nomeações para o órgão não foram feitas
por Cristovam, mas pela tendência petista Força Socialista.
No caso do provão, a proposta
de uma comissão nomeada para
apresentar uma alternativa à avaliação do ensino superior foi radical: sugeriu o fim da divulgação
das notas de cada curso, acabando, na prática, com o atual exame.
Resta saber se o ministro aceitará
as sugestões.
Por enquanto, o único exame
que já teve seu veredicto foi o Enceja -que avalia o supletivo-, o
menos conhecido das avaliações,
suspenso sem muito alarde.
Já o provão ou o Enem dificilmente serão modificados sem
causar barulho. A definição do
que será feito com eles ajudará a
indicar para que lado irá o MEC.
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