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RIO
Bando rouba automóvel que levava vírus
DA SUCURSAL DO RIO
Três tubos de ensaio com bactérias e vírus causadores de cólera,
febre tifóide e infecções hospitalares foram roubados no fim da tarde de ontem no bairro de Maria
da Graça (zona norte do Rio). O
isopor e a maleta que continham
os tubos foram levados por quatro assaltantes armados. O material estava no porta-malas do Gol
levado pelo grupo.
O material havia sido retirado
da sede da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) pela bióloga Dália
dos Prazeres Rodrigues.
A pesquisadora afirmou que retirara os tubos de ensaio da Fiocruz porque daria um curso no
Laboratório Central de Saúde de
Vitória sobre "diagnósticos de
microorganismos patogênicos".
A Fiocruz informou que abrirá
uma sindicância para apurar as
responsabilidades pela retirada
dos tubos de ensaio.
A fundação não informou se
Rodrigues estava autorizada a sair
com o material. A bióloga trabalha como pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, unidade de
produção da Fiocruz.
Segundo policiais da 23ª DP, no
Méier, Rodrigues afirmou que o
material é "altamente contagioso" e pode causar doenças se manipulado de forma errada. À Folha, ela negou a versão. Disse que
falou à polícia que o material não
deve ser manuseado por leigos.
De acordo com o depoimento
da pesquisadora, o assalto ocorreu na rua Jansen Müller. Os quatro assaltantes a teriam abordado
quando se preparava para estacionar o Vectra que dirigia.
Os criminosos, segundo ela, notaram que no carro havia uma
criança (sobrinha dela). Teriam,
então, decidido levar o Gol, que
era dirigido por uma irmã da bióloga e vinha logo atrás do Vectra.
O material, disse, estava no carro da irmã porque o porta-malas
do Vectra apresentava defeito.
O coordenador dos cursos de
biossegurança da Fiocruz, Sílvio
Valle, afirmou que a Fiocruz oferecerá a assistência médica necessária a quem entrou em contato
com o material. Os sintomas de
contaminação podem demorar
até duas semanas para aparecer.
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