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SEGURANÇA
Após referendo, cai a venda de armas nas lojas
DO "AGORA"
Embora tenham feito campanha pela vitória do "não" no referendo sobre a proibição do comércio de armas -por questão
de sobrevivência-, as lojas que
vendem armamento e munição
em São Paulo só tiveram lucro extra nas duas semanas anteriores à
votação. Depois disso, mesmo
com o comércio liberado, o movimento tem reduzido bastante.
"Voltamos ao ritmo de antes do
início da campanha do referendo.
O movimento caiu após a votação", disse Endy Reis, vendedora
de uma loja de armas no centro.
Em uma loja em Pinheiros (zona oeste), a situação é semelhante.
"Tem muita gente perguntando,
mas comprar, poucos compram",
diz um funcionário. Na semana
seguinte ao referendo, então, o
movimento foi quase nulo.
"Nas duas semanas anteriores
ao referendo, vendemos cerca de
15 revólveres e dez espingardas.
Nesta semana, nenhuma arma",
conta Miguel Boiko Filho, vendedor de uma loja no centro.
Para ele, quem quer comprar
arma não tem mais pressa. "Além
disso, o Estatuto do Desarmamento já é muito exigente. Muita
gente que vem aqui interessada
logo desiste ao saber de todas as
exigências para conseguir o registro. O porte, então, nem se fala:
hoje em dia ninguém consegue."
Em Santa Cecília (centro), outra
loja de armas estava cheia de
clientes quando foi visitada pela
reportagem. Mas eram todos policiais civis, que já haviam adquirido as armas antes do referendo.
"O movimento está ruim. A
maioria que nos procurou foi para perguntar se mudou alguma
coisa após o referendo. A discussão sobre o comércio de armas
acabou provocando dúvidas",
conta a dona, Vera Ratti.
Ela diz que, mesmo antes do referendo, o movimento, embora
maior, não chegou aos pés daquele registrado antes das leis que
restringiram a compra de armas,
iniciadas em 1997.
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