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LIVROS
MEC irá apurar denúncia de fraude na compra de didáticos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O MEC (Ministério da
Educação) vai investigar denúncia de 190 casos de possíveis irregularidades na compra de livros didáticos pelo
governo para o ano que vem.
Em todos os casos, a editora
Moderna teria sido beneficiada com a troca dos livros
pedidos pelas escolas por livros da editora apontada.
A suspeita foi apontada pela Abrelivros (associação das
editoras) e encaminhada ontem ao ministro da Educação, Fernando Haddad, que
prometeu apresentar as primeiras conclusões do caso
em 15 dias. Os incidentes teriam ocorrido em diversos
Estados, entre eles São Paulo, Bahia e Paraná.
A investigação será feita
pelo FNDE (Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação), responsável pelo sistema de escolha dos livros, e
pela CGU (Controladoria
Geral da União), a pedido de
Haddad.
O ministro, no entanto,
adiantou que o sistema de
compra dos livros é "robusto
e não dá brechas para fraudes". Disse ainda que, das 71
mil escolas atendidas este
ano, recebeu reclamações de
apenas 21.
Durante a reunião, Haddad e o presidente do FNDE,
Daniel Balaban, escolheram
aleatoriamente dois casos
dos apontados e descobriram que o erro teria sido das
próprias escolas, que, ao escolherem os livros pela internet, não teriam concluído todas as etapas do procedimento. Nesses casos, o MEC
encaminha os livros mais solicitados pelas escolas do
município.
A Moderna é a editora que
mais vendeu livros para o governo federal neste ano, representando 32,75% dos pedidos. Em 2002, a editora tinha 6,63% desse mercado,
que movimentou R$ 840 milhões em 2007.
O crescimento da editora
foi o motivo que levou outras
editoras a investigar a possível fraude na venda dos livros, segundo o presidente
da Abrelivros e diretor-geral
das editoras Ática e Scipione,
João Arinos dos Santos.
As duas editoras atendiam
em 2002, 38,6% dos pedidos.
Para 2008, atenderão a cerca
de 21%.
Por meio de nota, a Moderna afirmou que o levantamento da Abrelivros foi feito
por "encomenda expressa de
editoras concorrentes". Disse também que a empresa
cresceu após ter sido adquirida por um grupo estrangeiro e recebido investimento
de R$ 60 milhões.
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