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URBANIDADE
Vincenzo Scarpellini
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SÃO PAULO ECLÉTICA A pornografia é manipulação dos sentidos. Frequentemente, um ato de poder masculino em forma de olhar; às vezes, uma porta para emoções refinadas e complexas. Walter J. Maria Jr., produtor e diretor de filmes pornôs, com doutorado em filosofia na USP, se encaixa na tradição dos pornógrafos eruditos: de Aretino até Diderot e Sade, passando por Gregorio de Mattos. (VINCENZO SCARPELLINI)
Museu da imaginação
GILBERTO DIMENSTEIN
COLUNISTA DA FOLHA
Previsto para preencher
o recuperado prédio do
Dops -um dos marcos da revitalização do centro de São Paulo-, o chamado Museu do Imaginário, destinado a contar a
história do Brasil pelas artes populares, está correndo o risco de
ficar apenas na imaginação.
Projeto do artista plástico
Emanoel Araújo, responsável
pela revitalização da Pinacoteca
do Estado, o Museu do Imaginário, lançado no ano passado,
não conta com a adesão nem da
nova secretária estadual da Cultura, Cláudia Costin, nem do governador Geraldo Alckmin
(PSDB). O que se tem, de concreto, é um prédio histórico ainda
sem finalidade, com amplos espaços vazios.
Na semana passada, Cláudia
Costin começou a promover consultas sobre como ocupar o prédio. A secretária mostrou-se inclinada a transformá-lo em um
museu interativo para contar a
história de São Paulo. A idéia,
ainda engatinhando, é lançar
pelo menos parte do projeto nas
comemorações dos 450 anos da
cidade de São Paulo, em janeiro
de 2004.
Não existe um único espaço
capaz de encantar as crianças e
os adolescentes sobre os principais momentos da história de
São Paulo, fazendo-os mergulhar, ao mesmo tempo, no tropicalismo, na Jovem Guarda, na
Semana de Arte Moderna, em
Monteiro Lobato, nos clubes de
futebol, nas revoluções, na resistência dos regimes autoritários e
na saga dos migrantes.
"Incrível que os migrantes ainda não tenham merecido um
museu, já que São Paulo é a
maior cidade nordestina do Brasil", lamenta Cláudia Costin.
A idéia é mais ambiciosa. O
prédio do Dops seria transformado em um complexo de exposições, transformando o bairro
da Luz -onde se contam o apogeu dos tempos do café e da industrialização e a decadência da
cracolândia- em um museu a
céu aberto. Em uma parceria
com as escolas, seriam treinados
professores para serem monitores, além de produzidos materiais didáticos.
Um charmoso ingrediente desse museu a céu aberto começa a
funcionar ainda neste semestre.
Margeando os prédios e partindo da estação Júlio Prestes, circulará um bonde, no qual o condutor deverá ser um contador de
histórias.
E-mail - gdimen@uol.com.br
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