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São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 2003

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PANORÂMICA

RIO

Domingos Peixoto/Agência O Globo
Policiais durante rebelião no complexo de Bangu, onde presos (ao fundo) fizeram seis PMs reféns


Acordo feito na tarde de ontem põe fim à rebelião em Bangu, depois de 33 horas
Depois de mais de 33 horas, acabou às 15h45 de ontem a rebelião dos presos da Casa de Custódia Pedro Mello da Silva, no complexo penitenciário de Bangu (zona oeste do Rio). Foi o mais longo motim da história do complexo e o primeiro da gestão da governadora Rosinha Matheus (PSB).
O comandante da PM (Polícia Militar), o coronel Renato Hottz, disse que o motim acabou depois de um acordo com os rebelados: eles libertaram os seis PMs reféns e, a seguir, apresentaram suas reivindicações. Nenhum refém ficou ferido.
Os presos pediram transferência de condenados, assistência jurídica, troca da empresa que fornece a comida e a exoneração do diretor Gustavo da Cruz. Segundo Hottz, nenhuma reivindicação será atendida pela PM.
Para o comandante, a PM venceu pelo cansaço porque, desde anteontem, a unidade estava sem luz, água e alimentos.
Há informações não confirmadas de que os presos teriam usado um fuzil e ao menos quatro bombas de fabricação caseira. A PM diz que apreendeu uma pistola. Uma revista foi feita na unidade depois do motim.
A rebelião começou às 6h30 de anteontem após uma tentativa frustrada de fuga em massa. Cerca de 30 conseguiram fugir pela portaria. Os demais renderam sete PMs, roubaram suas armas e os fizeram reféns, amarrando-os em botijões de gás. Na fuga, um preso foi baleado no pescoço e está hospitalizado. Até o início da noite de ontem, 12 fugitivos tinham sido capturados.
O secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira, disse que, a partir de segunda, as casas de custódia, hoje administradas pela PM, serão de responsabilidade do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário). (DA SUCURSAL DO RIO)


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