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São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 2003

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PANORÂMICA

RIO

Ceasa é saqueada pelo 2º dia seguido
Nem o risco de contrair doenças, de se intoxicar com a fumaça provocada pelos focos de incêndio, nem o perigo de desabamento foram suficientes para impedir que uma multidão saqueasse, mais uma vez, os alimentos do pavilhão incendiado na Ceasa (Central de Abastecimento) do Rio, em Irajá (zona norte).
O incêndio, na madrugada de domingo, destruiu 70 boxes de 12 empresas, em uma área de 3.000 metros quadrados. O prejuízo, segundo a Associação de Lojistas da Ceasa, foi de R$ 15 milhões. O primeiro saque ocorreu anteontem.
Ontem, cerca de 2.000 pessoas ignoravam o cheiro nauseante da fumaça misturado ao de alimentos em decomposição e se aglomeravam em frente ao pavilhão 11, à espera de um descuido da polícia para invadir o local e retirar restos de comida. Todos remexiam os destroços, alheios às advertências sobre o risco de desabamentos e de explosões e aos avisos sobre as doenças que podem ser causadas pela ingestão de alimentos contaminados. "Prefiro morrer de barriga cheia do que de fome", disse Liliane da Silva, 32.
(DA SUCURSAL DO RIO)


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