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ADMINISTRAÇÃO
Eles são acusados de cobrar propina de fornecedores da Câmara; suplentes devem assumir hoje
Juiz afasta 5 vereadores de Guarulhos
CHICO DE GOIS
da Reportagem Local
O juiz da 6ª Vara Cível de Guarulhos, Régis de Castilho Barbosa
Filho, determinou o afastamento
de cinco vereadores da cidade e
de quatro funcionários da Câmara. A partir de hoje já assumem os
suplentes. O juiz também decretou segredo de Justiça no processo envolvendo os vereadores.
Barbosa Filho concedeu liminar
ao pedido dos promotores Nadim
Mazloum, Fábio Bechara e Marcelo Daneluzzi, que, na semana
passada, solicitaram o afastamento dos vereadores Oswaldo Celeste Filho (PTB), Waldomiro Ramos (PTB), Fausto Martello
(PPB), Wanderley Figueiredo
(PL) e Paulo Carvalho (PL).
Os promotores também pediram o afastamento dos servidores
Antonio Carlos Simão (assessor
de Celeste), Luiz Pontes (assessor
de Figueiredo), José Carlos Patrão
(assessor de Martello) e Deonízio
Marcial (assessor de Carvalho).
Os promotores acusam os vereadores de cobrar propina dos
fornecedores da Câmara para liberação de pagamentos.
O Ministério Público utilizou
como argumento o depoimento
de proprietários das empresas
Dardo e Comexi, que tiveram os
pagamentos suspensos porque
teriam se recusado a pagar propina aos vereadores. O presidente
interino da Casa, Paulo Carvalho,
e seu assessor são acusados de
perseguir testemunhas.
Além do afastamento, os vereadores Celeste, Martello e Figueiredo tiveram os bens indisponibilizados pela Justiça. Os servidores
Simão Pontes e Patrão também
tiveram os bens bloqueados.
As vagas de Martello, Figueiredo, Ramos e Celeste serão ocupadas pelos suplentes Manoel Vicente, Ademil Goes, Hamilton
Petito e Abílio Martins. Na vaga
de Carvalho, assumirá Walter
Luongo Júnior.
Em dezembro, os quatro primeiros vereadores tiveram a prisão temporária decretada pela
Justiça. Eles foram detidos no
prédio da Câmara Municipal, em
Guarulhos, mas foram liberados
cinco dias depois graças a um habeas corpus.
Guarulhos vive uma situação
curiosa. Dos 21 vereadores, 13 estão sendo investigados por suspeita de exigir propina do prefeito Jovino Cândido (PV) para lhe
dar apoio na Câmara. Uma fita foi
encaminhada pelo deputado estadual Elói Pietá (PT) ao Ministério Público, que abriu um processo para apurar as denúncias.
A presidência da Câmara também passa por um momento atípico. O presidente, Oswaldo Celeste Filho, havia solicitado licença do cargo, embora continuasse
vereador.
Em seu lugar, assumiu Paulo
Carvalho. Agora, com o afastamento deferido pela Justiça,
quem assume a presidência é Sebastião Alemão (PSDB), que também está sendo investigado pelo
Ministério Público.
O advogado de Fausto Martello,
Cid Vieira de Souza Filho, disse
ontem à noite que vai recorrer.
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