São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

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Vítimas querem reconstruir barracos

DO "AGORA"

A desolação estava estampada ontem nos rostos de centenas de desabrigados, que, pela manhã, perambulavam pelas vielas da favela destroçada pelas chamas. De cabeça baixa, muitos ainda tinham a esperança de encontrar algum pertence em meio à pilha de escombros.
"Perdi tudo. Móveis e eletrodomésticos. Só consegui salvar um álbum de fotografias da família", disse o açougueiro Antônio Alves Feitosa Filho, 31 anos, que vivia há dez anos num barraco com a mãe, um filho e dois irmãos.
Após o incêndio, os moradores se reuniram e decidiram reconstruir os barracos da favela, que existe há 32 anos. Nela vivem, segundo a associação de moradores, 650 famílias e mais de 4.000 pessoas -mil delas (180 famílias) agora sem lar. "Ainda temos dignidade e vamos trabalhar juntos para reconstruir as casas", disse a dona-de-casa Vera Lúcia Ferreira, 40 anos, 17 deles na favela.


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