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Polícia ocupa favela em Belo Horizonte
Segurança foi reforçada após onda de protestos desencadeada por morte de 2 pessoas
RAPHAEL VELEDA
DE BELO HORIZONTE
A Polícia Militar ocupou
com 40 homens um grupo de
favelas em Belo Horizonte
depois que a morte de dois
moradores desencadeou
uma onda de protestos.
O policiamento foi reforçado no Aglomerado da Serra,
onde vivem 50 mil pessoas,
desde a madrugada de ontem. O objetivo é evitar ataques ao patrimônio e garantir a segurança. A operação
não tem prazo para terminar.
Para os moradores, os policiais mataram inocentes
durante uma ronda no último sábado. Os PMs dizem
que foram atacados por um
grupo criminoso que usava
fardas da corporação.
As vítimas, o estudante Jéferson Coelho da Silva, 19, e
seu tio, o técnico em enfermagem Renilson Veriano da
Silva, 39, não tinham passagem pela polícia, de acordo
com a Secretaria de Defesa
Social do Estado.
O órgão assumiu as investigações por orientação do
governador Antonio Anastasia (PSDB). O Ministério Público também vai acompanhar as investigações.
As manifestações começaram no domingo, e houve
confronto com a PM. A polícia alegou que foi recebida a
pedradas pelos moradores e
revidou com balas de borracha e bombas de efeito moral. Pelo menos três moradores ficaram feridos.
"É mentira deles, quem revidou foi a comunidade, que
foi atacada", disse Jailson
Veriano da Silva, 30, irmão
de Renilson e tio de Jéferson.
Ontem, houve um protesto
pacífico. Cerca de 200 pessoas caminharam até a Assembleia Legislativa.
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