São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

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Polícia ocupa favela em Belo Horizonte

Segurança foi reforçada após onda de protestos desencadeada por morte de 2 pessoas

RAPHAEL VELEDA
DE BELO HORIZONTE

A Polícia Militar ocupou com 40 homens um grupo de favelas em Belo Horizonte depois que a morte de dois moradores desencadeou uma onda de protestos.
O policiamento foi reforçado no Aglomerado da Serra, onde vivem 50 mil pessoas, desde a madrugada de ontem. O objetivo é evitar ataques ao patrimônio e garantir a segurança. A operação não tem prazo para terminar.
Para os moradores, os policiais mataram inocentes durante uma ronda no último sábado. Os PMs dizem que foram atacados por um grupo criminoso que usava fardas da corporação.
As vítimas, o estudante Jéferson Coelho da Silva, 19, e seu tio, o técnico em enfermagem Renilson Veriano da Silva, 39, não tinham passagem pela polícia, de acordo com a Secretaria de Defesa Social do Estado.
O órgão assumiu as investigações por orientação do governador Antonio Anastasia (PSDB). O Ministério Público também vai acompanhar as investigações.
As manifestações começaram no domingo, e houve confronto com a PM. A polícia alegou que foi recebida a pedradas pelos moradores e revidou com balas de borracha e bombas de efeito moral. Pelo menos três moradores ficaram feridos.
"É mentira deles, quem revidou foi a comunidade, que foi atacada", disse Jailson Veriano da Silva, 30, irmão de Renilson e tio de Jéferson.
Ontem, houve um protesto pacífico. Cerca de 200 pessoas caminharam até a Assembleia Legislativa.


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