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SEGURANÇA
Em caso de transferência, problemas seriam proximidade da fronteira e falta de estrutura da PF para receber o traficante
Juiz teme que Beira-Mar fuja se for para MS
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O juiz de execuções penais
Francisco Gerardo de Sousa, que
ficaria responsável pelo traficante
Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, em caso de
transferência para Mato Grosso
do Sul, afirmou ontem que o traficante teria maior facilidade para
fugir no Estado. "É muito mais fácil ele conseguir entrar em território estrangeiro [Paraguai ou Bolívia]. É questão de uma ou duas
horas", afirmou Sousa. As duas
fronteiras estão localizadas a cerca de 400 km de Campo Grande.
Anteontem, o Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do
Sul divulgou nota afirmando que
a PF deve transferir Beira-Mar de
Presidente Bernardes (SP) para as
celas da Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande.
A informação não foi confirmada
oficialmente.
Sousa não foi avisado sobre a
eventual transferência, mas afirmou que nem a PF nem os presídios de Campo Grande têm estrutura para receber o traficante.
"A Polícia Federal não é local
para recolhimento de preso perigoso, e também há proximidade
com a fronteira", afirmou ele.
O juiz lembrou ainda que Beira-Mar foi indiciado no inquérito
que apura o assassinato do traficante João Morel, em 2001, dentro
do presídio de Campo Grande.
Morel atuava na fronteira com o
Paraguai. Beira-Mar é suspeito de
ser o mandante do crime.
O superintendente da Polícia
Federal no Estado, Wantuir Jacini
Brasil, informou ontem, por meio
de sua assessoria, desconhecer
qualquer planejamento para a
transferência de Beira-Mar.
O presidente do Sindicato dos
Policiais Federais no Estado, Sidnei Tadeu Cuissi, afirmou que o
suposto plano de transferir Beira-Mar não havia sido cancelado até
ontem. O traficante chegaria ao
Estado no dia 29. Cuissi disse ainda que o sindicato tomará medidas judiciais para tentar impedir a
eventual transferência.
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