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PF apreende uma tonelada de cocaína no interior de SP
Apreensão no Estado é a maior nos últimos cinco anos; um brasileiro e dois surinameses foram presos na operação
Entorpecente era colocado em caixas de álcool em gel para ser exportado,
via porto de Santos, para Holanda e Polônia
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Policia Federal apreendeu
ontem aproximadamente uma
tonelada de cocaína em um galpão em Itatiba (a 84 km de São
Paulo). Foi a maior apreensão
desse tipo do entorpecente feita pela PF no Estado de São
Paulo nos últimos cinco anos.
A droga seria enviada para a
Polônia e para a Holanda escondida em caixas de álcool em
gel. Três pessoas foram presas.
De acordo com o delegado da
PF Mário Menin, a quadrilha
vinha sendo investigada havia
dois meses.
Ele afirma que a polícia não
tem certeza se a cocaína era
produzida na Colômbia ou na
Bolívia. "A droga chegava escondida em baterias usadas em
veículos de grande porte. Elas
ficavam dentro da manta de
chumbo das baterias para evitar que fossem detectadas por
raio-X", afirmou o delegado.
Após entrar no país em caminhões, as baterias eram levadas
para um galpão na avenida José
Pescarolo, no centro de Itatiba.
O local funcionava sob a fachada de uma empresa denominada JM Automação Industrial.
Por isso, a vizinhança não estranhava a movimentação de
caminhões, segundo a polícia.
Nesse galpão, os surinameses
Marrpersad Jhingoeri e Mahinderparkash Chuttoo desmontavam as baterias, que
continham cada uma até 12 kg
de cocaína, e embalavam a droga em caixas de papelão de 22
kg como se fossem álcool em
gel. O entorpecente seguia então para o porto de Santos, de
onde era exportado.
O brasileiro João Mendonça
Alves, 39, era o responsável por
forjar notas fiscais para exportação de álcool, por uma empresa aberta em seu nome. As
remessas de drogas eram intercaladas com cargas de álcool
para confundir a fiscalização.
Os surinameses foram presos ontem à tarde no galpão em
Itatiba. Alves foi encontrado
em seguida pela PF em Itaquera, na zona leste de SP. A polícia
acredita que outros integrantes
da quadrilha atuem no exterior
-o Brasil seria um entreposto
da rota de tráfico de drogas.
Foram achadas no galpão 80
caixas prontas para o envio. Até
a noite de ontem, a pesagem
exata das drogas não havia sido
feita. A reportagem não teve
acesso aos presos.
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