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Chuvas interditam parque nacional no interior do Piauí
Centro de visitantes está sem energia há semanas; MA registra nova morte
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
O Parque Nacional de Sete
Cidades, no interior do Piauí,
onde se localizam alguns dos
principais sítios arqueológicos
do país, está interditado devido
às chuvas. As águas obstruem o
acesso às atrações da unidade.
O parque, com 6.331 hectares
-cerca de 40 vezes o parque
Ibirapuera-, é conhecido por
abrigar monumentos geológicos e pinturas rupestres, além
de 22 nascentes, piscinas naturais e cachoeiras. A natureza da
região, dizem especialistas,
atesta a passagem do homem
pré-histórico no local.
Devido a lama, buracos e vias
alagadas, carros não podem
trafegar pelo parque. Desde
abril, os 11 funcionários da unidade só conseguem chegar à sede com a ajuda de camionete
com tração nas quatro rodas.
Segundo Karlla Gomes, analista ambiental do parque, as
chuvas danificaram para-raios.
A fiação elétrica do centro de
visitantes foi ao chão durante
uma tempestade. O local está
sem luz há semanas. O parque
recebe 1.500 turistas por mês.
Morte no Maranhão
Mais uma morte em razão
das chuvas foi confirmada pela
Defesa Civil do Maranhão, elevando a 13 o total de vítimas no
Estado. O corpo de um homem
sumido havia quatro dias no rio
Mearim foi achado em Bacabal.
Os temporais já obrigaram
mais de 300 mil pessoas a sair
de casa e causaram 32 mortes
no Nordeste -o Ceará, que divulgara 12 óbitos e decidiu rever a estatística, não tem o número exato. Nos nove Estados
da região, 238 cidades decretaram situação de emergência.
Em Trizidela do Vale (MA),
que está com cerca de 80% das
casas embaixo d'água, um dos
reflexos das enchentes é a alta
dos preços. Segundo o empresário Paulo Maratá, 46, o quilo
do tomate, normalmente a R$
4, sai hoje por R$ 8. O botijão de
gás passou de R$ 34 para R$ 50.
O comerciante de ovos Eugênio Sampaio, 53, diz que uma
caixa com 360 unidades, antes
vendida a R$ 37, passará a custar R$ 62 a partir de hoje. Segundo ele, o preço subiu devido
às dificuldades no transporte.
Colaboraram RENATA BAPTISTA, GUSTAVO HENNEMANN e JOSÉ EDUARDO RONDON, da Agência Folha
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