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Cidade do AM busca balsa para substituir hospital
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
No Amazonas, as cheias obrigaram a cidade de Anamã a
buscar balsas para substituir a
sede da prefeitura e o único
hospital. O prédio da administração municipal já está com 20
cm de água acima do piso. Faltam 10 cm para o rio Solimões
entrar também no hospital.
No local, são recebidos só os
casos de emergência. As cirurgias também estão mantidas. O
atendimento básico à população está sendo feito em cinco
navios -dentre eles, um da Marinha e um do Exército.
O problema é que essas embarcações devem ir embora no
domingo. Por isso, o prefeito
Raimundo Pinheiro (PC do B)
esteve ontem em Manaus tentando alugar cinco balsas por
90 dias -período no qual as
águas devem baixar.
Uma deve servir como hospital improvisado, uma como
prefeitura e as outras três como
abrigo para a população desalojada. Pinheiro calcula que, hoje,
60% dos 8.152 habitantes estejam fora de suas casas. Das
grandes construções de Anamã, só a igreja não foi atingida.
A dificuldade é achar alguma
empresa que tenha as balsas
disponíveis, já que vários outros municípios tiveram a mesma ideia, diz o prefeito. O aluguel de cada uma custa, em média, R$ 40 mil por mês.
Há, no Amazonas, 326 mil
pessoas atingidas pelas cheias.
No Pará, ao menos 150 mil também foram afetados. No oeste
paraense, a região mais prejudicada do Estado, as águas do
rio Tapajós já começaram a baixar. O nível do rio, que chegou a
mais de 9 m -um recorde-,
voltou para o patamar de 8 m.
Espera-se que, no mês que
vem, a situação se normalize.
O governo federal deve repassar R$ 80 milhões para investimentos na infraestrutura
danificada no Pará.
(JOÃO CARLOS MAGALHÃES e KÁTIA BRASIL)
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