São Paulo, sexta-feira, 22 de maio de 2009

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Cidade do AM busca balsa para substituir hospital

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

No Amazonas, as cheias obrigaram a cidade de Anamã a buscar balsas para substituir a sede da prefeitura e o único hospital. O prédio da administração municipal já está com 20 cm de água acima do piso. Faltam 10 cm para o rio Solimões entrar também no hospital.
No local, são recebidos só os casos de emergência. As cirurgias também estão mantidas. O atendimento básico à população está sendo feito em cinco navios -dentre eles, um da Marinha e um do Exército.
O problema é que essas embarcações devem ir embora no domingo. Por isso, o prefeito Raimundo Pinheiro (PC do B) esteve ontem em Manaus tentando alugar cinco balsas por 90 dias -período no qual as águas devem baixar.
Uma deve servir como hospital improvisado, uma como prefeitura e as outras três como abrigo para a população desalojada. Pinheiro calcula que, hoje, 60% dos 8.152 habitantes estejam fora de suas casas. Das grandes construções de Anamã, só a igreja não foi atingida.
A dificuldade é achar alguma empresa que tenha as balsas disponíveis, já que vários outros municípios tiveram a mesma ideia, diz o prefeito. O aluguel de cada uma custa, em média, R$ 40 mil por mês.
Há, no Amazonas, 326 mil pessoas atingidas pelas cheias. No Pará, ao menos 150 mil também foram afetados. No oeste paraense, a região mais prejudicada do Estado, as águas do rio Tapajós já começaram a baixar. O nível do rio, que chegou a mais de 9 m -um recorde-, voltou para o patamar de 8 m. Espera-se que, no mês que vem, a situação se normalize.
O governo federal deve repassar R$ 80 milhões para investimentos na infraestrutura danificada no Pará. (JOÃO CARLOS MAGALHÃES e KÁTIA BRASIL)


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