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Para ministro, mais armas entram no país
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Defesa, Geraldo Quintão, admitiu ontem que aumentou a entrada de armas e drogas no país, mas disse que não há nenhuma ação especial, por parte
de seu ministério, sendo planejada para combater o contrabando.
Segundo o ministro, grande parte das armas e drogas entram
no país pelo Paraguai e pelos portos nacionais. "Nós fazemos um
intenso trabalho de repressão nas
fronteiras e mesmo assim drogas
e armas conseguem entrar no
Brasil. Isso sempre aconteceu,
mas agora tem entrado muito."
Ele nega, entretanto, que seja de
responsabilidade única da Polícia
Federal e das Forças Armadas o
problema do tráfico de drogas e
do crime organizado no Rio.
"O Rio é uma cidade com muitos morros conflagrados. A ocupação dessas favelas pelos criminosos é antiga. Isso virou um problema social que os governos estaduais ainda não conseguiram
resolver", disse o ministro.
Para ajudar no combate à violência na cidade, o ministro disse
que já enviou à governadora Benedita da Silva (PT) um ofício detalhando como as Forças Armadas poderão atuar, e que o início
das atividades só depende de uma
autorização do governo estadual.
Segundo ele, a função de Exército, Marinha e Aeronáutica vai
consistir, basicamente, de apoio
logístico, inteligência e comunicação. "As Forças Armadas e a Polícia Federal no Rio já possuem uma estreita relação de cooperação com as polícias estaduais e a
idéia é apenas reforçar essa relação", disse Quintão.
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