São Paulo, sábado, 22 de junho de 2002

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Para ministro, mais armas entram no país

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro da Defesa, Geraldo Quintão, admitiu ontem que aumentou a entrada de armas e drogas no país, mas disse que não há nenhuma ação especial, por parte de seu ministério, sendo planejada para combater o contrabando.
Segundo o ministro, grande parte das armas e drogas entram no país pelo Paraguai e pelos portos nacionais. "Nós fazemos um intenso trabalho de repressão nas fronteiras e mesmo assim drogas e armas conseguem entrar no Brasil. Isso sempre aconteceu, mas agora tem entrado muito."
Ele nega, entretanto, que seja de responsabilidade única da Polícia Federal e das Forças Armadas o problema do tráfico de drogas e do crime organizado no Rio.
"O Rio é uma cidade com muitos morros conflagrados. A ocupação dessas favelas pelos criminosos é antiga. Isso virou um problema social que os governos estaduais ainda não conseguiram resolver", disse o ministro.
Para ajudar no combate à violência na cidade, o ministro disse que já enviou à governadora Benedita da Silva (PT) um ofício detalhando como as Forças Armadas poderão atuar, e que o início das atividades só depende de uma autorização do governo estadual.
Segundo ele, a função de Exército, Marinha e Aeronáutica vai consistir, basicamente, de apoio logístico, inteligência e comunicação. "As Forças Armadas e a Polícia Federal no Rio já possuem uma estreita relação de cooperação com as polícias estaduais e a idéia é apenas reforçar essa relação", disse Quintão.



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