São Paulo, sábado, 22 de junho de 2002

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MATA ATLÂNTICA

Grupo tenta apoio de ministro de FHC para retomar votação de projeto
Um grupo de ambientalistas se reuniu ontem com o ministro Pedro Parente (Casa Civil) para pedir apoio ao projeto de lei que normatiza e define o uso da mata atlântica. O projeto, que seria votado por acordo nesta semana na Câmara, foi retirado da pauta a pedido de deputados da bancada ruralista, com apoio do PMDB, PFL e PPB.
Um dos motivos dos ruralistas para barrar o projeto seria uma orientação da equipe econômica do governo, que considerou como mais despesas a implementação de um fundo de preservação e os incentivos fiscais previstos no projeto para quem proteger a mata atlântica.
O diretor de relações institucionais da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, disse a Parente que o dinheiro para o fundo viria de fontes que já existem e também de doações, não gerando mais despesas.
Segundo Mantovani, Parente ficou convencido com as explicações dos ambientalistas de que o projeto não trará prejuízos financeiros para o governo e disse que irá apoiar a aprovação na Câmara. A assessoria do ministro confirmou a informação.
Mantovani disse que o projeto, que tramita há dez anos no Congresso, não foi aprovado por resistência dos ruralistas. Os ambientalistas contavam com a aprovação do projeto para reforçar a posição do Brasil na conferência da África do Sul, em agosto e setembro, a Rio+10.
A mata atlântica é, entre os principais biomas brasileiros, o que mais foi destruído ao longo dos cinco séculos de ocupação do território. Do 1,5 milhão de quilômetros quadrados originais, que ocupavam toda a faixa costeira do Rio Grande do Sul ao Piauí, restam hoje cerca de 8%.
(DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)


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